Não existe nova ou velha. O que existe é a Política e sobre ela já falava Aristóteles, no IV antes de Cristo.
Collor se apresentou como o novo na política, quando já tinha sido prefeito biônico de Maceió e governador eleito pelo voto.
Da mesma maneira, Bolsonaro, deputado por 28 anos, que colocou todos os filhos na política, se elegeu presidente com a conversa de ser honesto, portanto um político novo, diferenciado.
Em Pernambuco, em 2022, Raquel Lyra venceu a eleição batendo pesado no PSB, partido que a fez deputada estadual e secretária, no governo Eduardo Campos.
Fez o discurso antipolítica, tanto que na televisão disse que sua adversária, Marília Arraes, andava em más companhias.
O vice de Marília, Sebastião Oliveira, segundo Raquel estava sendo investigado pela Polícia Federal.
No governo, Raquel Lyra iniciou a gestão privilegiando técnicos, escanteando os políticos.
A administração dela, em três anos, não decolou.
Este ano se rendeu de vez aos políticos.
Numa canetada nomeou mais de 40 ex-prefeitos e ex-vereadores para assessoria especiais do Palácio.
Há pouco puxou um deputado estadual do PP para o secretariado.
E se uniu a Sebastião Oliveira, o Sebá, o mesmo que ela disse que era má companhia para Marília.
Será boa companhia para ela?
Dizem que isso é normal em política.
Até certo ponto. Alguns, como os saudosos Leonel Brizola e Miguel Arraes, mantiveram a coerência a vida toda.
O próprio Lula, aliado do ex-adversário Geraldo Alckmin, permanece no campo progressista, sem abrir mão de governar para os mais pobres.
Raquel Lyra tem todo direito de se aliar com o bolsonarista Anderson Ferreira, com o conservador Sebastião Oliveira ou se aproximar de Lula, a quem não apoiou na campanha de 2022.
Agora, errado é empinar o nariz, posar de melhor que todo mundo e fazer a mesma coisa.
Pior, conseguir fazer menos entregas do que o governador do que ela tanto criticou e deixar o povo pernambucano ansioso pela mudança, mesmo que seja uma retomada.
PAULO CAMELO: Caro conterrâneo RA. A governadora Raquel Lyra, assim como o Prefeito da Cidade de Recife, João Campos, igualmente a Marília Arraes, e tanto outros e outras, são de Direita, mas que oscilam para a Centro Direita. Paralelamente, podemos ampliar esse raciocínio para Sivaldo e Zazá. Quem se diz "Progressista" e vota em Sivaldo, pensando que ele é de Esquerda, simplesmente porque está no PSB e é aliado do PT e do PCdoB, precisa de melhorar, e muito, o aprendizado político. Ok, Moçada!
ResponderExcluir