A Conferência das Partes (COP), principal órgão de decisão da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (UNCCD), é composta por 197 partes – 196 países e a União Europeia. Seu objetivo é orientar a Convenção para enfrentar desafios globais e atender às necessidades nacionais.
A 16ª edição da COP (COP16) será a primeira grande conferência da ONU organizada pelo Reino da Arábia Saudita e também a primeira realizada na região do Oriente Médio e Norte da África (MENA).
Essa região vivencia intensamente os impactos da desertificação, da degradação dos solos e da seca, sendo, portanto, um cenário significativo para os debates.
Marinho da Estiva ressaltou em sua fala a relevância da participação do movimento quilombola na COP16:
“A importância de nós, do Movimento Quilombola da CONAQ, estarmos participando da COP16 sobre desertificação é, junto com entidades do mundo todo e com diversos governos aqui presentes, buscar formas de combater a desertificação e garantir que os empreendimentos não atinjam diretamente os povos quilombolas. O avanço global precisa coexistir com os territórios, sem degradá-los ou destruí-los.”
Na COP16, espera-se que os países decidam sobre ações coletivas para: Acelerar a recuperação de terras degradadas entre agora e 2030; aumentar a preparação, a resposta e a resiliência às secas; garantir que a terra continue a fornecer soluções climáticas e de biodiversidade; aumentar a resiliência às crescentes tempestades de areia e poeira; aumentar a produção de alimentos positivos para a Natureza; fortalecer os direitos das mulheres à terra para promover a restauração de terras.
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