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Pesquisas Eleitorais

AS ALIANÇAS DE LULA COM SETORES CONSERVADORES

Lula em 2002 com José de Alencar

Por Roberto Almeida

Um dos assuntos mais comentados na mídia e nas redes sociais, nos último dias, é a possibilidade de uma aliança entre o ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (que está deixando o PSDB).

Há opiniões favoráveis e contrárias, muitos acham que o ainda tucano não é confiável e temem que um novo golpe seja dado mais na frente, como aconteceu com Dilma Rousseff, traída pelo vice Michel Temer.

Bem, Lula não é a Dilma, nem Geraldo é Temer, mas esse pessoal da direita sempre preocupa. Raramente há decência em quem pertence a esse campo político.

Mas o ex-presidente da República não é nenhum garoto, sabe o que faz e também a direção do PT, à frente a experiente deputada federal Gleisi Hoffmann.

Marcos Coimbra, diretor do Vox Populi, lembra hoje, numa entrevista, que o Partido dos Trabalhadores só venceu as eleições quando esteve aliado com o centro e a direita.

Lula perdeu a eleição com o senador Paulo Bisol (PSB) na vice, em 89, sofreu nova derrota em 94, quando Aluízio Mercadante (PT) foi o companheiro de chapa e ficou atrás novamente em 98, tendo o Leonel Brizola (PDT) de vice.

Ele e Dilma venceram em 2002, 2006, 2010 e 2014, quando os vices foram José Alencar, um empresário conservador, filiado ao PL e Michel Temer, o camaleão do PMDB.

Essa receita não foi inventada por Lula. Antes dele, Miguel Arraes em Pernambuco sempre fez alianças pela direita. Em 62 com Paulo Guerra, em 1986 se aliando a Carlos Wilson e Antônio Farias. Na eleição de 1994 seu companheiro de chapa não foi da direita e sim Jorge Gomes, um político de perfil progressista, com bases eleitorais em Caruaru e em todo o Agreste.

Mas no palanque não faltaram nomes do centro e da direita, que contribuíram com a terceira vitória do socialista.

Arraes justificava as alianças com um argumento interessante: "O que importa é a esquerda ter a hegemonia do processo político".

É o caso agora de Lula. Na verdade o mais importante é a vitória dele e a derrota do fascismo encarnado em Bolsonaro e suas más companhias.

Se o petista tiver uma grande vitória, conseguindo eleger uma grande bancada federal, senadores e governadores do campo progressita, o risco de golpe será menor.

O nome de Alckmin não é consenso nem está certo para vice. O ex-presidente ainda nem se lançou candidato.

Então, não há necessidade de açodamento, de desespero, de declarações apressadas.

Já vi (ou li) alguns defendendo: "O (a) vice de lula devia ser Dilma".

Gosto da ex-presidente, uma grande vítima da política brasileira, num processo golpista que não começou com Temer, mas com Aécio Neves, o derrotado da eleição de 2014.

Depois vieram todos: A Globo, os jornalões, Eduardo Cunha, a maioria dos deputados, setores do judiciário e Ministério Público e até o PSB, que teve essa fase infeliz de sua história.

Mas acho que Dilma na vice seria perfeito para corrermos o risco de perder as eleições. Dá discurso aos adversários, aos antipetistas, à grande imprensa safada, às elites conservadoras, aos perigosos bolsonaristas.

Ruim mesmo é ter o atual presidente mais quatro anos no poder. Se no primeiro mandato ele já conseguiu destruir todas as conquistas do PT, imagine o que não faria se continuasse governando.

Em 2018, numa disputa em que tínhamos um professor preparado, um cara moderado e equilibrado como Fernando Haddad e um lunático do outro lado, setores da mídia chamada corporativa pregaram que era uma "escolha difícil". Esse pessoal é escroto, não havia comparação. O Brasil estaria muito bem nas mãos do professor e literalmente lascou-se com esse miliciano.

Lula, na entrevista do Podpah disse uma coisa que gostei muito, quando falou de sua indignação, admitiu que está na idade de descansar, mas não pode parar vendo o Brasil na situação em que se encontra.

É isso aí. Está com 76 anos, mas precisamos dele, que se eleja bem e mude a cara do Congresso Nacional.

Quando Lula foi deputado federal afirmou que na Câmara tinha 300 picaretas. Hoje está muito pior. São mais de 300 ratos contribuindo com a destruição do país, parlamentares que não estão nem aí para as necessidades do povo, dispostos a se vender a Bolsonaro e Lira por emendas parlamentares.

Assim, precisamos do líder do PT, de setores do centro e até da direita e de um trabalho de conscientização que começa agora para eleger deputados e senadores do campo progressista.

Neste contexto, que venha o Alckmin e outros. Se o vice não for o ex-governador de São Paulo será outro político de centro, que acalme os mercados, a Globo, os jornalões, a elite empresarial.

Aí, é torcer pela vitória, pela governabilidade, pela saúde de Lula, que tem dito estar com tesão de 20 anos e pode dar um jeito neste país, como aliás já fez quando sucedeu o sociólogo Fernando Henrique e foi muito melhor presidente do que ele. 

4 comentários:

  1. PAULO CAMELO: Caro conterrâneo RA,
    Suas palavras são sábias, principalmente quando dizes:
    ......"Assim, precisamos do líder do PT, de setores do centro e até da direita e de um trabalho de conscientização que começa agora para eleger deputados e senadores do campo progressista". Tomara que esta sua frase não seja apenas uma retórica e que se aplique em nossa explorada e amada cidade do Garanhuns. Deste modo, você que sempre foi progressista, sugiro que procure equilibrar, em seu Blog, textos que oscilem entre à Direita e à Esquerda. Até agora os candidatos de Direita têm tido enorme espaço em seu Blog. Como você é um profissional do jornalismo, nós Garanhuenses temos toda a paciência de compreendê-lo, mas que pelo menos procure equilibrar as matérias sobre os candidatos ao Parlamento de todas as matizes.

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  2. Em outras palavras: os conservadores devem ser enrolados novamente para que PETISTAS voltem a roubar todo mundo, dando umas esmolinhas para todos os tipos de miseráveis, os ricos e os pobres.

    O problema é que falta combinar com eles kkkkkkkkkkk

    Só existem dois tipos de prováveis eleitores do PT hoje em dia: os muito burros e os mal-intencionados!

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  3. PAULO CAMELO: O Vice de Lula será um empresário ou um político de Centro, escolhido no maior colégio eleitoral do Brasil que é São Paulo. Alguém tem dúvida? Portanto, Alckmin é a bola da vez e não adianta chorar, uma vez que quem decide é quem tem voto para derrotar a extrema-direita, agora representada pelas candidaturas de Bozo e Moro.

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  4. Em um país de pessoas conservadoras como a nossa gente, não cabe mais à esquerda no poder. Em 13 anos de desgoverno o PT escrachou com a honestidade. Hoje, Lula está velho, doente, mas ao dizer que está com tesão de 20, todos nós concordamos plenamente. Só que, essa tesão é para saquear os cofres públicos é para terminar de fazer a roubalheira por inteiro que em 13 anos de bagaceira eles roubaram apenas 88 bilhões da Petrobras. ISSO É MUITO POUCO!!!

    Outro problema é que a esquerda atualmente tá perdidinha num discurso moral, identitário, fala mais da causa gay do que da regressividade do sistema tributário, fala mais do sovaco cabeludo da feminista do que da desnacionalização de setores estratégicos. A esquerda também exercita uma retórica pró-bandidagem, a expressão direitos humanos tá sendo confundida com proteção de bandido, e ainda por cima a esquerda luta desesperadamente contra a redução da maioridade penal.

    A esquerda burra abriu o Lula em bandas deixando-o na rua da amargura feito um zumbi. No ostracismo, sumido e ignorado, Lula já percebeu que, Politicamente, deixar a cadeia foi um péssimo negócio para ele. Com o fim do movimento “Lula Livre” e na impossibilidade de continuar blasfemando eventuais ‘injustiças’ do Poder Judiciário, Lula sentiu o peso de sua insignificância. O meliante sumiu do cenário político. Só é chamado para algumas lives ou entrevistas juntos aos blogs sujos da esquerda que ninguém dá a mínima importância.


    P.S.: - O Lula é “O Cara”, o Bolsonaro é “O Corona”. Não adianta escolher em qual dos dois apostar, sempre os apostadores sairão perdendo. XÔ DUAS CARNIÇAS!!!

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