As entidades acima, representativas das classes empresariais e de trabalhadores do comércio de Garanhuns, tendo em vista a disseminação de notícias tendenciosas nas mídias sociais, dando conta de que não estaríamos nos importando ou fazendo pouco caso da atual situação que vem ocorrendo no mundo como um todo, mas especificamente aqui em nossa cidade, esclarece:
Fomos convocados pela administração municipal para uma reunião dia 20 de março passado, com o sr. prefeito Izaías Regis, para juntos vermos quais medidas deveríamos adotar, diante da grave pandemia que se aproximava e de como nos adequar para resguardar vidas e não causar danos a economia local. Ouvidas as partes presentes na reunião, formulamos entendimentos de um fechamento gradual, preferencialmente na parte da manhã, aproveitando a movimentação bancária, cessando as atividades no período da tarde, bem como mantendo todas as medidas sanitárias cabíveis, pois as noticias davam conta de que apenas em abril, se daria o pico do covid-19, momento em que teríamos o fechamento total. Nossa intenção era minimizar os danos econômicos vindos na segunda onda, afetando todos indistintamente. Sabemos que existe no país quase 14 milhões de desempregados e, juntando-se a este grupo, um outro de quase 40 milhões de pessoas trabalhando na informalidade e isto por sí só, já causaria o caos. Fomos vencidos em nosso pleito e o prefeito ao ouvir o alarmante aviso das autoridades sanitárias e médicas presentes, optou pelo fechamento total. Medidas tomadas, logo mais haveria decreto do governo estadual, tomando a mesma medida, excetuando-se desta, os serviços essenciais para manutenção da vida e de atendimento médico, transporte e segurança.
Marcou-se para a semana seguinte, reunião de avaliação do quadro, ocorrendo esta na sexta, dia 27 de março passado, onde foi sugerido formas de gradualmente abrir o comércio, pois havia sinalização do governo do estado neste sentido, sugerimos também que o sr. prefeito envidasse negociações com a AMUPE, bem como intermediasse negociações com o sr. governador neste sentido, sendo aceito pelo mesmo as sugestões. Finda a reunião, somos pegos de surpresa com o conteúdo em entrevista concedida à rádio Jornal do Comércio, dando conta de que as entidades representativas estavam pressionando o governo municipal a adotar medidas contrárias ao decreto estadual, caindo em desobediência civil e que queria destas, documento assumindo total responsabilidade pelas tais aberturas. Ora, as entidades acima, são jurídicas de direito privado e não detém poder de mando, quando muito, apenas de negociação, não temos foça de poder público, cabendo esta ao município, estado e governo federal. É mister salientar, que muitas das empresas, senão em sua totalidade, deixaram compromissos bancários e mesmo com fornecedores, para pagar salários de março, pensando na classe trabalhadora, que diante de um quadro incerto, teria que ficar em suas residências forçadamente.
Entendemos o esforço de todos neste momento, mas achamos que não cabe aqui auferir poder ou mesmo a tentativa de incitar a população a crer que a culpa seria das entidades representativas das referidas categorias, obrigando às empresas a abrir, pondo em risco a saúde de todos e assumir publicamente que queremos a desobediência civil. Buscamos consenso e cremos firmemente no propósito de fortalecer parcerias, cujos benefícios sejam para todos, afinal, somos pagadores de impostos, os quais retornam a população em forma de melhorias. Queremos crer que no ímpeto do momento, palavras inadequadas foram usadas e que isto não reflete o pensamento do sr. Prefeito Izaias Regis. Aproveitamos o ensejo para reafirmar nossos compromissos de fazer um comércio forte e pujante e que em breve estaremos novamente trabalhando pelo engrandecimento de Garanhuns e região. Deus abençoe a todos!
Sindilojas- Garanhuns – Reinaldo de Barros e Silva Junior
Sindec - Garanhuns – Adjamiro Ribeiro Lopes
CDL Garanhuns – Luiz Carlos de Andrade
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