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O PRAZER DA LEITURA - Roberto Almeida


Sempre li muito. 

Comecei com os gibis, os livros de bolso e por volta dos 14 anos eu já mergulhava na grande literatura, tendo ficado impressionado com "Crime e Castigo", de Dostoiévski. Aí não parei mais.

Este ano, porém, li menos de que em outros tempos. Pensei até que estivesse perdendo o gosto, por conta da idade ou pelo cansaço do trabalho diário. Mas não. Descobri esta semana que o problema é que peguei alguns livros chatos e bastou uma leitura prazerosa para em três ou quatro dias consumir mais de 200 páginas de “O Mago”, do jornalista e escritor Fernando Morais.

E olha que já tinha lido a biografia de Paulo Coelho, antes, uns 10 anos atrás. 

Mas passada uma década lembrava de pouca coisa e reli o livro com o mesmo gosto da primeira vez.

Gosto da produção de Fernando Morais desde que ele publicou A Ilha, em meados dos anos 70. Foi um dos primeiros trabalhos de fôlego sobre o país comunista, à época comandado por Fidel Castro. Um best sellers, nos anos de chumbo, com uma visão simpática ao regime socialista, sempre atacado pela grande imprensa, rádio e televisão.

Do mesmo escritor li “Olga”, que rendeu um filme razoável, Na Toca dos Leões, que relata a vida e o sequestro do publicitário Washington Olivetto e Chatô, para mim o melhor de todos.

“O Mago” faz um retrato completo da vida de Paulo, desde sua adolescência atormentada, as internações psiquiátricas forçadas pelos pais, a passagem pelo teatro, o mergulho nas drogas e a consagração como um dos escritores que mais vende livros no mundo.

Morais escreve suas biografias como quem tece um romance, deu ao gênero um status literário que provavelmente não fosse o mesmo antes.

Biografia melhor do que as escritas por Fernando talvez só o livro “O Anjo Pornográfico”, de Ruy Castro, sobre Nélson Rodrigues.

Gosto muito também de “Roberto Carlos em Detalhes”, de Paulo César Araújo, o ótimo livro burramente censurado pelo cantor e compositor.

Enfim, dá para perceber que os livros continuam uma grande paixão. 

Felizmente, porque nunca a internet, com toda sua vastidão, vai substituir o bom e velho livro.

Imagine você caro leitor (a) se dá para sentir o mesmo prazer estético ler no computador obras como Senhora (José de Alencar), Dom Casmurro (Machado de Assis), O Tempo e o Vento (Érico Veríssimo), Água Viva (Clarice Lispector) e Gabriela, Cravo e Canela (Jorge Amado)?

(Inconscientemente citei algumas leituras que me marcaram, em tempos diferente da minha vida).

Certamente o livro digital não proporciona o mesmo deleite do material impresso!

*Nas fotos o escritor Fernando Morais e uma das edições do famoso livro de Jorge Amado "Gabriela, Cravo e Canela", com Sonia Braga na capa.

Um comentário:

  1. Qualquer pessoa de um nível intelectual razoável sabe muito bem que, ler um bom livro está entre os hobbies mais apreciáveis de muitas pessoas, e não é pra menos. O hábito da leitura nos transforma em pessoas cheias de imaginação e nos convida a um mundo repleto de criatividade. Afinal de contas, a leitura da asa a imaginação.

    P.S.: - Alguém já disse, eu também digo que, um livro tem asas longas e leves que, de repente, levam a gente pra longe, muito longe… A gente viaja no tempo...

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