De 2003 a 2015, no Brasil, a
empregada doméstica conquistou direitos, filhos de pedreiros e agricultores
viram agrônomos, médicos, engenheiros, advogados.
Miserável deixou essa
condição e chegou pelo menos à classe média baixa, com condições de fazer três
refeições decentes por dia.
O salário mínimo subiu sempre
acima da inflação, a renda do trabalhador cresceu, milhões conseguiram comprar
seu primeiro carro e, mais importante, passaram a ter casa própria.
Médicos chegaram à periferia
das grandes cidades e aos grotões do Nordeste. Quem nunca teve acesso ao um
profissional de saúde passou a ter.
O Brasil se livrou do FMI,
passou a ter respeito mundial e o governante que iniciou essas mudanças, de
forma pacífica, foi recebido em todos os países como um estadista.
Diminuiu a desigualdade
social, a inflação ficou sobre controle e os combustíveis eram relativamente
baratos.
Havia emprego, paz e ninguém
pregava o ódio, fosse contra o branco, o preto, o homem, a mulher, o
homossexual.
Não, o Brasil não virou um paraíso,
nesse período de sua história. Havia ainda muitos problemas. Mas estava no
caminho certo.
Aí veio o mensalão. O que foi
isso? Acusaram o presidente da República de pagar uma mesada a deputados para
ficar do lado do governo.
A mídia tratou de fazer o
estardalhaço, ampliar os fatos, jogar culpados e inocentes no mesmo barco e
carimbar tudo com duas letras: PT.
Mas a economia funcionava, o
povo estava satisfeito e por isso reelegeu o Lula e depois sua sucessora.
Dilma foi reeleita, cometeu
erros no início do segundo mandato, Aécio Neves Pó não aceitou a derrota e
todas as forças reacionárias se juntaram para derrubar o governo.
Os vilões e invejosos, por
conta do prestígio e da competência de um ex-operário, criaram o clima ideal
para um golpe que foi bem-sucedido: palmas para o juiz, os procuradores, a Rede
Globo, a Revista Veja, Fernando Henrique, Aécio, Mendonça Filho, todos que defenderam
a “volta ao passado”.
Conseguiram. Hoje o
desemprego bate recordes, gasolina custa quase cinco reais, o botijão de gás
aumenta de preço hoje, engenheiro virou motorista de Uber, o país está
dividido, vereadoras ligadas à luta social são assassinadas em grandes cidades,
a Amazônia pega fogo, as praias são invadidas pelo óleo e o novo líder, brigado
com seu próprio partido vai para o Japão, sem uma agenda definida.
Nas redes sociais, as pessoas
se engalfinham, uns de um lado, outros de outro, como se só existissem duas
opções.
Aumenta o número de
feminicídios, de assassinatos de gays, de mulheres agredidas e estupradas.
O amor sumiu, a solidariedade
desapareceu, o humanismo foi derrotado e sobrou ódio, rancor, frustração,
desconhecimento, mentira, distorção.
E muitos, milhões, repetem como robôs os mesmos jargões,
acusam sem provas, julgam sem avaliar os fatos, tecem comentários toscos sem
nenhuma capacidade de argumentação.
Juristas, intelectuais,
artistas, jornalistas independentes e sérios, políticos comprometidos,
professores bem informados, estudantes que metem a cara nos livros e até
humoristas tentam despertar consciência e todo esforço parece inútil.
A novela das 9 e o Jornal
Nacional são mais importantes do que a ONU ou um líder que ganhou o Nobel da
Paz.
Que saudades de quando o
filho do pedreiro podia se formar em medicina. Que pena que os pedintes
voltaram a ocupar as ruas, os locais de trabalho, as portas dos bancos, as
portas das casas.
Porque a grande maioria está
mais pobre, mais triste, desiludida, sem rumo.
Enquanto isso a Rede Globo
com suas novelinhas idiotas e seu jornalismo mau caráter faz de conta que está
tudo bem.
Na foto do G1, Jonas Lopes, acompanhado da prima, no dia em que se formou em medicina pela UPE. Ele foi cortador de cana e seu pai trabalhava como pedreiro.
"Filhos de pedreiros e agricultores < VIRARAM > agrônomos, médicos, engenheiros, advogados." - 2. Roberto Almeida sempre me traz à lembrança o Mendonça Filha da Puta: ou Mendoncinha Boca de Tab... - 3. No domingo, mandei um vídeo de Lula da Silva para muita gente. Agora estou mandando para Roberto Almeida, porque talvez NÃO tenha mandado para ele, no final do domingo, quando eu estava em um evento, ocupado! 3. Hoje cedinho, mandei um vídeo do professor Fernando Haddad, entrevistando a historiado e antropóloga Lilia Moritz Schwarcz. - Pelas palavras corajosas de Lula, nota-se que só ELE é capaz de dizer tanto, com todas as letras, sobre a corja que se instalou em Curitiba... A entrevista foi Flávio Sakamoto do Portal OUL. – E Lula tanto falou das quadrilhas que estão instaladas nos poderes da República, como de toda a imprensa sabuja e calhorda que domina nosso país. - Quem teria a coragem de chamar de mentiroso, além de tantos outros adjetivos desse porte, a NÃO ser LULA?! Quem iria: na sede da polícia federal dizer que a polícia federal forja as provas. E que a imprensa cria e divulga notícias falsas para eleger a quadrilha do Bolsonazista?! - Por tudo que Lula fez e disse até hoje, na prisão, Lula pode ser chamado de estadista, sem tirar nem pôr. Inclusive porque Lula da Silva sabe falar; e falar bem. Lula era quase analfabeto. Mas, sempre se interessou em aprender! A professora de língua portuguesa: Dad Squarisi disse ISSO alto e bom som. – Sobre a entrevista que o professor Fernando Haddad fez com a historiadora Lilia Schwarcz, basta destacar: Lilia Schwarcz escreveu um livro sobre o AUTORITARISMO e mais SETE (7) pragas do Brasil dos últimos quatro anos e meses ( final de 2016 / outubro de 2019 ). – E em três meses o livro de Lilia esgotou 30.000 exemplares. – 6. Porém, NEM tudo é só desgraça nestes quatro anos: haja vista que o presidente Bolsonazista acionou a Casa da Moeda: e instituiu a cédula de 1.000 Licianos! – Então, nesta época de familícias e democradura, nós teremos o Miliciano! - NEM TUDO É SÓ DESGRAÇA... CONTUDO: EU BEM QUE AVISEI.
ResponderExcluirEu assisti todas as entrevistas que o Lula concedeu aos jornalistas,aos blogueiros e as TVs.Foram aulas de política,religião,sociologia,história,geografia,de administração,propostas e programas,projetos e uma defesa implacável da nossa soberania,da pátria Brasil e das maiores riquezas naturais do Brasil,o pré-sal e a Petrobras,etc.. Mandou mensagens para todos e foi corajoso e altivo,mostrou muitas verdades,muitas mentiras que foram ditas contra ele e Dilma e o PT. Especialmente, sobre o golpe de 17 de abril de 2016 e os crimes cometidos pelo ex-juiz Sérgio Moro e do procurador Deltan Dallagnol.
ExcluirHoje podemos.Ontem era muito difícil.Hoje aprendemos mais,ontem era muito difícil.Hoje os meus filhos podem,mas ontem nós não podíamos sonhar.
ResponderExcluirHá muito anos que leio ROBERTO ALMEIDA com suas postagens ricas em conteúdo,com o seu e nosso blog onde podemos escrever,mas ontem a gente não podia.
Eu comprei um livro de capa vermelha onde o seu título era 'TORTURA NUNCA MAIS".Mas eu não podia ler,hoje eu posso.Ontem era muito difícil escrever estas palavras lá no COLÉGIO MUNICIPAL JANDIRA PEDROSA EM LAGOA DO OURO e no COLÉGIO DIOCESANO DE GARANHUNS a gente não podia falar tudo,hoje a gente pode.Sem medo e sem ódio de ser feliz.
Ler Roberto Almeida com suas reflexões concordando ou discorcando,com seu conhecimento mais amplo e plural,hoje a gente pode ler,pode comentar,pode compartilhar,pode curtir gostando ou amando os seus escritos.
Parabéns,amigo,acompanho-lhe desde quando falava nas Rádio Jornal e Marano e Sete colinas. É legal e bonita quando os jornalistas escrevem sobre de um tudo um pouco para fazer os seus leitores felizes e sabidos.Aprendemos juntos o exercício da verdadeira democracia.
Parabéns mesmo pelo belo texto acima bem pensado com reflexões profundas sobre o Brasil ontem e hoje!
1964 regredimos para a época do obscurantismo político e religioso
ResponderExcluir