Em nossa cidade há dois extremos equivocados nestas Eleições
de 2018
GARANHUNS NÃO É UMA ILHA
De um lado alguns políticos
pregam o Voto Despolitizante, ou seja
contra os “Forasteiros”. Mas, quem seriam os “Forasteiros”? Será que seriam os que
têm “domicílio eleitoral noutra cidade”?
Mesmo considerando que as eleições de 2018 têm uma abrangência Estadual
e Nacional. Contra-exemplo: o artista plástico Armando Rocha (in memorian),
natural do Recife e radicado em Garanhuns, foi o autor do trabalho em alto relevo, o qual conta a
nossa história de fundação, localizado
no Pátio da Av. Santo Antônio, defronte a Loja Ferreira Costa. Pergunto: o
artista em tela foi garanhuense ou é Forasteiro?
Seguindo esse raciocínio
deveríamos ser solidários com os demais
municípios, uma vez que a população eleitoral só deveria votar em candidatos da
sua própria cidade. Caso não existam
candidatos o “voto deveria ser nulo”. É isso. Mas, o Voto Não é Distrital.
Continuando com esse mesmo
raciocínio, somente as cidades com um considerável contingente de eleitores, a
exemplo de Recife, Olinda, Caruaru, Petrolina, dentre outras, é que
deveriam eleger os seus representantes para o Parlamento
Estadual e Federal. Assim, é fácil concluirmos que para um parlamentar, com
domicílio eleitoral em Garanhuns (grifo
nosso), ser eleito, o mesmo precisa ter milhares de votos noutras cidade. Deste
modo, GARANHUNS NÃO É UMA ILHA.
GARANHUNS NÃO É UMA COLÔNIA.
O que há de comum, há muito
tempo, entre os ex-prefeitos de
Garanhuns, na época do exercício do cargo,
e o prefeito atual, é falta de
determinação em eleger parlamentares com domicílio eleitoral (grifo
nosso) em Garanhuns, especificamente
para deputado federal. Mas, parte da
população comunga dessa mesma premissa,
conforme resultado das votações nas eleições anteriores.
Em alguns momentos
o ex-prefeito Luiz Carlos, apoiou
Izaías Régis para deputado estadual. Já o ex-prefeito Silvino Duarte, apoiou a
sua esposa, na época, Aurora Cristina
(in memorian) para deputada estadual. Por outro lado, na eleição de 2014, o
prefeito Izaías Régis apoiou o vereador Zaqueu para deputado estadual, o qual
teve uma boa votação.
Mas, é muito pouco em quase meio século de dominação da “Legião
Estrangeira” (são políticos que dominam,
ou dominaram, Garanhuns, originários de
outras cidades, mas que não foram capazes de construírem uma nova Garanhuns
próspera e com baixa desigualdade
social).
Apesar do Prefeito do
Garanhuns ter todo o direito de apoiar quem quer que seja para o Parlamento
Estadual e Federal, ao não escolher alguém do seu próprio grupo político, abre o
caminho para o “GARANHUNS COLÔNIA”, ou seja, sempre dominada por políticos de
outras cidades.
O MELHOR CAMINHO DO VOTO É
O CONSCIENTE, OU SEJA, POLITIZADO
No Congresso Nacional
existem as seguintes bancadas: BBB (Bala-Boi-Bíblia); o Baixo Clero e o Alto
Clero.
A “Bancada da Bala” é
formada por militares e simpatizantes. Por sua vez a “Bancada do Boi” é
constituída pelos Fazendeiros e
Empresários do Agro Negócio. Já a “Bancada da Bíblia” é
integrada pelos Evangélicos, a exceção dos religiosos da Igreja
Católica.
O “Baixo Clero” é constituído por Parlamentares
despreparados política e intelectualmente.
Por outro lado, o “Alto
Clero” é formado por Parlamentares
preparados política e intelectualmente, a exemplo do senador e garanhuense
Randolphe Rodrigues (Senador pelo Amapá) e dos deputados federais Ivan
Valente (PSOL de SP), Chico Alencar (PSOLl do RJ), dentre outros.
Mas, entre os parlamentares
há aqueles de “direita” (defensores do Capitalismo), de “extrema direita”
(defensores do Capitalismo e da Ditadura
Militar), de “Esquerda” (defensores do Socialismo) e os Progressistas
(oscilantes entre o Capitalismo e o Socialismo).
NÃO EXISTE SANTO NA
POLÍTICA, INDEPENDENTE DE CRENÇA RELIGIOSA, COR, RAÇA, ETC.
Portanto, não se deve votar
em quem você não conhece o seu passado, o seu presente, a sua posição política
e as suas propostas. Mas, para o exercício do voto e da democracia, o eleitor
precisa conhecer primeiro a sua própria posição política: direita, extrema
direita, esquerda ou progressista.
Por outro lado, há algo
confuso na escolha do candidato. Na sociedade atual há um forte indicativo que
a população vai tentar varrer do mapa
político: a “corrupção”. PORQUÊ CONFUSO: A
maioria da população brasileira é “conservadora” (de “Direita”),
enquanto isso a “corrupção” é inerente (inquilina) do Sistema Econômico
Capitalista. É uma encruzilhada. Não
acha?
O GARANHUENSE deve ser mais crítico e esperto na escolha
dos seus candidatos. Nestas eleições de
2018, temos candidatos a deputado federal e estadual, isto é, com domicílio
eleitoral em nossa cidade, de todos os matizes, ou seja, da “direita à esquerda”.
Pelo exposto, não basta ser
seu “vizinho ou não” para se credenciar
a ser nosso representante no Parlamento Estadual e Federal, é preciso
ter propostas e defender os interesses dos trabalhadores do campo e das cidades. Do contrário, você poderá votar em algum político que vai defender as Privatizações das Estatais, as
Contra Reformas Trabalhista e Previdenciária, dentre outras mazelas da
burguesia.
AFINAL, NEM GARANHUNS, NEM PERNAMBUCO E nem tampouco O BRASIL, DEVEM VOLTAR A SEREM UMA
COLÔNIA.
(*) Paulo Camelo de Holanda
Cavalcanti, natural de Garanhuns, Engenheiro Civil e militante político.
Ler artigo e comentário lúcido e coerente nos faz enriquecer o nosso vocabulário.Uma aula de democracia para gregos e troianos.
ResponderExcluir0 sistema eleitoral foi aprovado pelas bancadas citadas com raríssimas exceções em todos os partidos políticos.Infelizmente,as elites não aprovaram até hoje um sistema eleitoral para beneficiar pobres e sim os ricos e poderosos.
Não é deserto também. Logo aqui não é lugar de camelo!
ResponderExcluirOs camelos que aqui estão, come caviar e arrota saidinha
Excluir#FORASTEIROS
#LEGIÃO
#BURGUESIA
#teleférico
Não tem quem aguente mais