O jornalista Magno Martins acaba de me passar, por telefone, a seguinte informação que já está em seu prestigiado blog:
Aliado
histórico do senador Armando Monteiro Neto (PTB), pré-candidato ao Governo de
Pernambuco, o prefeito de Garanhuns, Izaiás Régis (PTB), mesmo estando na
cidade, não receberá o governador Paulo Câmara (PSB) amanhã nem tampouco
participará do seminário "Pernambuco em ação", etapa do Agreste
Setentrional. "Estou mandando o meu vice e três secretários", disse,
há pouco, ao blog, confirmando a decisão de não dar as boas vindas ao
governador. Em Garanhuns, Câmara começa sua agenda às sete da manhã com uma entrevista
à rádio Marano e depois inaugura o prédio da Universidade de Pernambuco -
UPE. Por volta das dez horas, vai a Brejão para entregar três sistemas
simplificados de abastecimento de água. Ao meio dia, visita, em Garanhuns, a
estação de tratamento de esgoto. O prefeito garante que seu gesto nada tem a
ver com antecipação do palanque de 2018. "Não vou porque já havia agendado
outros compromissos", despistou. Na verdade, Izaías ficará ausente porque
todos os adversários que derrotou estarão sendo prestigiados pelo governador e
que não quer se misturar.
Uma posição correta e coerente.Já vi fatos desta natureza acontecer.Às vezes a ausência causa muito menos transtornos e inquietações.
ResponderExcluirDeva ser muito chato mesmo um governante pertencente ao partido contrário do governador ter que ouvir algumas futricas de adversários em ocasiões desta natureza .
Para o governador que está visitando os seus e os outros também fica em maus lençóis quando alguém de seu grupo se altera e são capazes de fazer críticas ao chefe do poder executivo.
Mandar um representante da prefeitura é um gesto correto e louvável.Neste caso se poupa o chefe de constrangimento de ordem pessoal.
Para dar apenas um simples exemplo que aconteceu em Lagoa do Ouro no sítio Cacimba de Gois em Lagoa do Ouro em 1989.Eu era vereador e mandei o locutor chamar o ex-prefeito Natanael Alves da Silva para fazer parte do palanque na inauguração de um projeto de eletrificação rural. Teve um sindicalista que quando foi falar meteu o pau no Prefeito com ele no palanque.Eu mesmo não gostei sobre hipótese nenhuma.Eu vi Gustavo Krause ser vaiado na entrega de faixa de governador ao ex-governador Dr Miguel Arraes em 1987 e ele também não gostou.
Em outra ocasião o governador e o prefeito devem marcar um encontro e podem muito bem tratar de assuntos importantes para o Município de Garanhuns. Porque as grandes obras não pertencem ao prefeito e nem ao governador e sim ao povo de Garanhuns e do Estado de Pernambuco.
Apesar de não ter votado em Paulo Câmara em 2012, acho isso uma falta de respeito com o cargo (Governador). ele poderia aproveitar a oportunidade para fazer as cobranças ao governador. Está perdendo uma excelente oportunidade de ser ouvido.
ResponderExcluirÉ inteligível que o prefeito tenha se preservado de constrangimentos. A presença do vice-prefeito e dos secretários supre qualquer descortesia ao governador e respeita o equilíbrio entre Município e Estado. O que não se admite é que essa postura venha se repetindo desde 2015, onde o prefeito de uma cidade de 130 mil habitantes e pólo do agreste meridional não tenha se reunido uma vez sequer com o governador. Por mais que seja "adversário'' do governo, o prefeito não pode negar que no atual modelo federativo os municípios são muito dependentes do Estado e da União; simplesmente fechar o canal de diálogo só prejudica o povo de Garanhuns e joga ainda mais a região no ostracismo. É fácil culpar o governador pelos problemas da cidade - aliás, se omitir em tentar resolvê-los junto aos órgãos competentes (como secretaria estadual de saúde, no que se refere à crise do Hospital Dom Moura) é uma estratégia política pérfida do atual grupo político dominante de Garanhuns para desfraldar a bandeira da oposição ao governador. Quanto maiores os problemas, maior o sentimento de indignação popular com o governo, mais votos para o senador Armando e para os deputados forasteiros prestigiados pelas "lideranças'' da cidade. Esse bairrismo de ocasião ainda vai nos custar caro.
ResponderExcluirO governador da Paraíba Ricardo Coutinho foi vaiado na inauguração do Rio São Francisco por pessoas que estavam ao lado do Presidente Michel Temer somente porque ele elogiou Lula e Dilma.Imagine um Prefeito resolve criticar o Governador? Nenhum governante está preparado para receber críticas públicas em recinto fechado.
ResponderExcluirA grande maioria não comunga com o que escreveu Santo Agostinho: "prefiro os que me criticam porque me corrigem aos que me elogiam porque me corrompem".