Quem
tem oportunidade de assistir ao telejornal SP São Paulo, na afiliada da TV
Globo na capital paulista, fica com a impressão que a cidade vive do medo, da
insegurança e dos assaltos. Na USP roubam as bicicletas dos jovens e as bolsas
das moças. Frequentar as aulas deve ser uma espécie de roleta
russa.
Se na
Universidade o clima é esse, você imagina no resto da cidade. Mas não é só em
São Paulo que a violência assusta, obriga dos cidadãos a se recolherem em suas
casas, principalmente à noite.
Ao ler o blog Agreste
Violento ou
ao ouvir a Ronda
Policial, você
tem a dimensão da violência praticada em Garanhuns e nos diversos municípios do
Agreste Meridional. São tantos casos escabrosos, escatológicos, que dá vontade
de vomitar, ou bate uma opressão no peito, um desânimo e nos perguntamos: “Em
que mundo é esse que estamos”?
O mundo,
porém, não é todo assim. Existem lugares mais violentos do que outros. No
Brasil é que a situação é gritante há muitos anos, há décadas. Em algumas
cidades do nosso país o número de mortes é maior do que de países em guerra.
Uma relação
feita por uma ONG Mexicana denominada Conselho Cidadão de Segurança
Pública traça
um quadro triste do país. Numa lista de 50 cidades com alto índice de
homicídios, 16 estão no Brasil. E dessas 9 estão no Nordeste. Pela ordem
decrescente, este é o mapa da violência na região nordestina: Maceió
(proporcionalmente a que registra maior número de assassinatos), Fortaleza,
João Pessoa, Natal, Salvador, São Luís, Campina Grande, Recife e Aracaju.
Adiantará
ganhar a Copa do Mundo e continuar entre os líderes da violência no mundo? Com
hospitais que são verdadeiros açougues humanos, escolas que não ensinam e a
cultura sendo encarada como artigo de luxo, coisa de privilegiados?
A violência,
senhores, passa pela situação social, resulta das desigualdades, da falta de
oportunidade, da educação do faz de conta e da herança cultural; se perpetua pela
impunidade e se alimenta do próprio ambiente que estimula mais e mais violência.
Quais são os
valores do povo brasileiro? De quem vive nas periferias das grandes cidades e
nos grotões do interior?
Músicas de
péssimo gosto, com letras muitas vezes fazendo a apologia da violência. Cinema
virou coisa de rico. Livros são poucos lidos e a poesia e o lirismo são tido
como artigos de sonhadores ou bichas. Teatro e balé nem se falam.
A maioria dos
jovens querem roupas bem transadas, jaquetas, tênis de marcas, bonés irados, o
visual moderno, mesmo que a cabeça esteja completamente vazia.
A escola
pública está realmente fazendo algum trabalho para gerar conteúdo e dar algum
sentido ao que se aprende na sala de aula? O rádio, a televisão, a internet
estão direcionadas para educar e conscientizar, fazendo com que as pessoas
cultivem valores cristãos e humanos?
“Está tudo
errado...”, pregava uma música de um profeta brega, nos anos 70 ou 80.
Mais preciso,
melhor preparado intelectualmente, Nando Reis filosofou: “O mundo está ao
contrário e ninguém reparou”.
Sim. Existem
absurdos inaceitáveis em pleno século XXI em muitos países. Mulheres que são
proibidas de tudo, até de estudar e caso insistam podem ser espancadas ou levar
um tiro.
Preconceitos
grotescos, ignorância comparável a do tempo das cavernas e muitos lunáticos
matando e morrendo em nome de Deus.
Felizmente
pelo menos esse lado do fanatismo religioso o Brasil não tem. Os terroristas
suicidas não estão entre nós.
Mas até
quando uma cidade como Garanhuns vai continuar tendo 40 homicídios por ano,
Caruaru mais de 100 assassinatos em 12 meses e nas capitais como Maceió,
Recife, Rio de Janeiro e São Paulo um massacre diário?
E
não venham politizar a violência, a criminalidade. Ela está presente no Estado
socialista de Eduardo Campos, nos lugares governados pelo PSDB e no Brasil da
petista Dilma Roussef. É um problema nacional e os culpados são todos os
partidos, de hoje e de décadas atrás.
Uma
situação que só será revertida, a nosso ver, com mudanças ampla em muitos setores.
E com a participação de todos: dos governos, das igrejas, dos empresários, dos
comunicadores, dos intelectuais, dos professores, dos sindicatos, das mulheres,
dos proprietários dos impérios de comunicações...
Tem
de começar dentro de casa, com as famílias,os pais, as crianças; chegar à
escola, se entender ao trabalho e ser reproduzido nas ruas, nos lares, no
comércio, nos ônibus, nos metrôs, na mídia...
Novas
ideias, novos valores.
É
difícil. Porque tem de mudar a mentalidade das polícias, dos juízes, dos
legisladores, dos prefeitos, governadores e presidentes.
Que
se façam bons estádios e uma bela Copa do Mundo. Mas que, depois do Campeonato
Mundial, também se construam escolas e hospitais de primeiro mundo.
Que
se leve a criança ao cinema.
Que
o teatro seja um bem de todos e não de uma elite.
Que
aumente cada vez mais o incentivo à leitura de livros.
Que
o rádio e a televisão dediquem algumas horas de sua programação a divulgar a
boa música brasileira.
Que
o professor seja bem remunerado, ensine com maior satisfação de modo que o
aluno aprenda e possa desenvolver suas habilidades.
Que
a cultura da banalidade, do inútil, da exploração sexual, do besteirol seja
banida do horário nobre da televisão brasileira.
Que
o povo seja exigente com seu voto, cobre, mas dê exemplo e pare de mandar para
as casas legislativas e executivas despreparados e corruptos.
Que
os padres, os pastores, os professores, os comunicadores e os verdadeiros
líderes se entendam e façam um só discurso: “Só o amor constrói, a violência
não leva a nada. A beleza da vida está na troca, no afeto, no olhar, no
contemplar da natureza, no entendimento entre as pessoas. Para promover a
felicidade, que se dê o essencial a cada um e que cada pessoa possa viver em
harmonia com os outros e consigo mesma através dos gestos entre irmãos, pais e
filhos, amigos”.
O
mundo está ao contrário e ninguém reparou?
Então
vamos reparar agora e vamos fazer alguma coisa. Cada um deve fazer a sua parte.
Não
é só esperar pelo prefeito, pelo governador ou pelo presidente. Cada um pode
dar sua contribuição por um mundo melhor e contra toda forma de violência.
O
escritor Monteiro Lobato disse, mais de 50 anos atrás, que “um país se faz com
homens e livros”.
É
por aí. Hoje, com tantas novidades poderíamos atualizar a frase e fazer um
discurso: “Um país se faz com homens e livros. Com rádio, televisão e internet
de qualidade, que direcionem as pessoas para o bem. Um país tem futuro e pode
minimizar seus problemas se os instrumentos modernos disponíveis forem
utilizados para civilizar as pessoas, levar a cultura a todos os lugares e
plantar os verdadeiros valores humanos e cristãos no coração dos homens”.
Acredito
que é por aí.
(Ilustração: revistaculturaecidadania.blogspot.com).
Com os exemplos negativos do PT aonde vamos parar. aquelas cabeças de seres humanos da cadeia de pedrinhas no maranhão do sarney do PT se fosse em um lugar de vergonha a governadora ja teria sido demitida, aljemada e presa. mais é peixe do PT fazer o que?
ResponderExcluirCaro Roberto.Esta Violência é CULPA EXCLUSIVAMENTE DOS SENHORES PARLAMENTARES E DOS IDIOTAS QUE FAZEM PARTE DOS DIREITOS "HUMANOS" que fazem leis para se protegerem e beneficiar a bandidagem que tem uma gama de ONG'S, Pastorais, ONU, Organizações Nacionais e internacionais, Parte da Imprensa, Leis, Políticos, OAB, organizações de direitos humanos (esta é a pior de todas), Governo (este financia a violência, com a bolsa reclusão que é um incentivo a violência, e o pior que paga acima do salário de um trabalhador e se o bandido morrer (for para o inferno) os filhos e a viúva fica com pensão vitalícia cada um . Agora as pessoas de bem tem que lutar e morrer de trabalhar e uma burocracia para conseguir até uma simples consulta e se o bandido adoecer tem toda e total proteção e passar na frente de qualquer paciente seja lá qual for sua gravidade. É isto Roberto e Leitores deste Blog, o bandido tem toda proteção e apoio. Veja lá o caso daquela garotinha assassinada queimada por bandidos, estas organizações nem se quer mencionarão este assassinato desta menina eles só estão preocupados com o bem estar dos bandidos. Nós não podemos ter uma arma dentro de casa porque é proibido e punido com o rigor da lei se atirar em bandidos, mas o contrario pode e com apoio desta entidades mencionadas. O ECA é a graduação dos bandidos e esta tem prioridade na defesa destes bandidos mirins. Este rolezinho que é apenas reunião de gangues de bandidos para se drogarem e roubarem os shopping Center e os usuários e nossas autoridades não fazem absolutamente nada porque as leis e organizações os protegem, ou seja, pessoas de bem não valem NADA e estão errados por falarem destas turminhas de bandidos. DEUS nos acuda. Bandidos Bom é debaixo de sete palmos de chão a dentro.
ResponderExcluirOBS: Absurdo vocês vão ver durante a copa do mundo a quantidade de turistas assassinados e roubados aqui no BRASIL. Ai o Mundo vai ver o que nós passamos aqui.
Jonathas - Recife
INACEITAVEL,SEM RUMOS,SEM LIMITES,SOFREMOS TODOS!
ResponderExcluirDaqui apouco teremos o BOLSA BANDIDO. Políticos, Políticas e Organizações de Direitos Humanos completamente equivocados. Acham que tudo deve-se a desigualdade social. Imaginem se todos os pobres se tornassem marginais por causa de privações na vida. Onde estaríamos? Em nome desta mesma desigualdade ficamos a mercê de toda sorte e vivemos uma verdadeira roleta russa no dia a dia. O Governo tem medo do PCC e seus adeptos. Criam mecanismos para proteger estes bandidos que não merecem nada além de cadeia. Existe apologia ao crime em nosso país porque não temos uma mão de ferro para acabar com estes safados e com quem os defende.
ResponderExcluirNão seja por isso, anonima 11:02, o zé genuino arrecardou 700 mil reais com O BOLSA BANDIDO. Teve puxa saco do PT que deixou de fazer uma mini feira no supemercado para depozitar 50 ou 100 reais NO BOLSA BANDIDO do zé genuino.
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