Segundo os policiais, Marcos liderou um esquema de fraudes em licitações, beneficiando empresários da cidade. O cacique teria direcionado concorrências para retribuir o apoio financeiro recebido durante a campanha política.
De acordo com a Polícia Civil, no período investigado, de janeiro de 2021 até setembro de 2022, 15 licitações foram fraudadas, gerando um dano ao patrimônio público de R$ 15,7 milhões.
As licitações fraudadas eram voltadas a materiais de construção e locação de veículos. “Quatro empresários foram beneficiados. Um da dedetização e outros três da engenharia civil e locação”, disse o delegado Jeová Miguel, da Delegacia de Combate à Corrupção de Caruaru, que está à frente do caso.
Os empresários favorecidos teriam feito doações para a campanha de Cacique Marcos.
O Cacique venceu a eleição de 2020, mas não pôde assumir o cargo de prefeito, por conta de uma condenação na Justiça Federal.
Mas o político, que é índio Xukuru, assumiu uma secretaria municipal no governo Bal de Mimoso, eleito em pleito suplementar.
Mesmo sem ser o prefeito, o Cacique Marcos permaneceu como muita força política no município, constatou a investigação da polícia.
Na operação realizada pela Civil, em Pesqueira e mais dois municípios próximos, foram cumpridos 15 mandados de busca domiciliar, um de afastamento do cargo, e um mandado de prisão.
A Justiça determinou o bloqueio de R$ 15,7 milhões da conta de todos os investigados.
Além do prefeito afastado, Sil Xukuru e Pastinha Xukuru, ex-vereadores, também são acusados de fraudar licitações.
O Diario de Pernambuco, que publicou ampla reportagem sobre Pesqueira, apurou que o Cacique Marcos já é réu por improbidade administrativa no Tribunal de Justiça de Pernambuco, "por causa de supostas fraudes em licitações".
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