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OS 20 ANOS DE DITADURA E 40 DE DEMOCRACIA NO BRASIL


O Brasil viveu muitos períodos de turbulência em sua história.

Foi colônia de Portugal, passou pela Monarquia, República, Nova República...

Ditadura com Getúlio Vargas, com os militares. Tivemos mais autoritarismo do que democracia.

A ditadura mais longa foi a instalada em 1964, que durou 20 anos.

Com os generais no poder, muitos foram presos, exilados, torturados, assassinados.

Duas décadas sem poder sequer eleger prefeitos de capitais, governadores e o presidente da República.

O regime militar não foi derrubado. Caiu de velho, podre, corrupto, desgastado.

Transição foi feita no Colégio Eleitoral criado pelos milicos e um civil apoiador da ditadura, José Sarney, foi o primeiro presidente após o período arbitrário.

Desde lá se passaram 40 anos.

E o primeiro presidente escolhido em eleições diretas, após 20 anos, foi um bonitinho das elites, filhote da ditadura, de nome Fernando Collor de Melo.

Foi o primeiro dirigente do país a sofrer impeachment, com fama de ladrão e incompetente.

Itamar Franco assumiu e em 1994 e 1998 Fernando Henrique Cardoso foi eleito e reeleito.

Intelectual, sociólogo, professor, tinha sido exilado político, no período da ditadura.

Mas sempre foi um burguesão. E governou para as elites, como os outros. Apesar de alguns avanços, não mudou a realidade dos mais pobres, que continuaram sem poder ascender socialmente.

Em 2002, pela primeira vez o povo brasileiro elegeu um cidadão comum, alguém que viveu na pobreza, para governar o país.

Lula foi retirante na infância, operário na juventude, alienado politicamente até o começo da maturidade, até que despertou para a realidade, virou líder sindical e resolveu entrar na vida pública.

Fez duas gestões inserindo "o povo no orçamento", criou programas sociais que possibilitaram o homem comum crescer na vida, mulheres simples cursarem uma universidade.

No final do segundo mandato Luiz Inácio tinha tanta popularidade, que se quisesse um terceiro mandato poderia aprovar um projeto propondo nova reeleição no Congresso.

Mas Lula, como Fernando Henrique, é um democrata.

Elegeu Dilma Rousseff como a primeira mulher presidente da República do Brasil e poderia já aí ter colocado o pijama.

Então o país saiu dos eixos novamente. Reeleita, Dilma foi afastada da presidência sem ter cometido nenhum crime.

O PSDB, à frente Aécio Neves, não suportou perder quatro eleições e começou o movimento para desestabilizar o governo.

Mais na frente os principais órgãos de imprensa, os altos empresários, setores do Judiciário e Ministério Público se uniram para derrubar uma governante eleita com mais de 50 milhões de votos.

O impeachment abriu caminho para uma nova direita, uma seita raivosa saiu do esgoto e conquistou a presidência com um militar sem glórias,  que durante 28 anos foi um zero no parlamento.

Colocaram Michel Temer no poder imaginando que o PSDB enfim voltaria à presidência.

Deu no que deu.

Lula, já velho, venceu com dificuldade a eleição de 2022 e livrou o Brasil do pior.

Ainda tentaram um golpe de estado. Fizeram planos de matar o presidente, o vice-presidente e o dirigente do Tribunal Superior Eleitoral.

O gado, insuflado, invadiu a praça dos três poderes, quebrou tudo.

Mas por falta de apoio interno e externo o golpe fracassou.

A maioria dos terroristas foram presos, outros estão foragidos. E os que lideraram o movimento estão para ir ao banco dos réus.

Esperneiam atrás de anistia, falam em perseguição política. 

Eles, porém, precisam ser punidos. Completamos 40 anos de democracia capenga, mas preferível a qualquer ditadura.

Temos de punir os criminosos para que a democracia se consolide e nunca mais corramos o risco de viver sem liberdade, dominados por gente má, que não tem pena de bater e nem de matar.

Viva a democracia, que ela perdure!

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