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Pesquisas Eleitorais

UM TEXTO SINCERO SOBRE O GOVERNADOR EDUARDO CAMPOS

Eduardo com o avô Miguel Arraes

Por Roberto Almeida

Foram incontáveis, de ontem pra hoje,  as referências saudosas ao ex-governador Eduardo Campos, que morreu num acidente aéreo, no dia 13 de agosto de 2014.

Os  filhos João Campos (prefeito do Recife) e Pedro Campos (deputado federal), a ex-deputada e prima Marília Arraes, o ex-governador Paulo Câmara, o deputado Felipe Carreras, a governadora Raquel Lyra e muitos outros personagens da política local expressaram a saudade de Eduardo.

Na Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado Álvaro Porto, uma sessão especial homenageou o ex-governador.

O presidente Lula também recordou de Campos. Segundo o líder petista, não fosse a tragédia Eduardo poderia ter chegado ao Palácio do Planalto.

Tive alguns contatos com o neto de Miguel Arraes. Quando ele foi chefe de gabinete do avô, no Governo do Estado, eu fazia a cobertura do Palácio para o Jornal do Commercio.

Ele, muito jovem na segunda metade dos anos 80, fazia parte de uma turma que chamavam de "menudos".

Desse grupo fazia parte Aluisio Lessa, que se tornaria deputado estadual.

Outros acompanharam Eduardo, durante a vida pública, exercendo cargos de  primeiro ou segundo escalão, durante os seus governos.

Quando o socialista se elegeu governador pela primeira vez, em 2006, eu precisei ficar meses, no Recife, tratando de um grave problema de saúde.

Em 2007, ainda me recuperando, com a voz comprometida, estive presente num café oferecido à imprensa no Palácio das Princesas. 

Cumprimentei o governador me apresentando como um "sobrevivente". Lembro que ele me olhou meio admirado e procurou me passar força.

Antes de tudo isso, na FM Sete Colinas, nos bons tempos de Ivo Amaral, entrevistei Eduardo na emissora garanhuense. Ele tinha apenas 4% nas pesquisas, mas terminou ganhando a eleição no segundo turno.

Outra vez acompanhei ele numa inauguração no Dom Moura (se a memória não me trai foram as UTIs). 

Na ocasião ele falou pela primeira vez no Hospital Mestre Dominguinhos, que ainda não virou realidade.

No dia 14 de agosto de 2014, cedo da manhã, num supermercado do bairro encontrei o ex-vereador Joacir Laurindo.

Foi ele quem me deu a notícia da morte de Eduardo Campos. Eu tinha assistido a entrevista do governador na Globo, na noite anterior. 

Pensei, a princípio, que o amigo estava tirando "sarro" com a minha cara.

Depois a ficha caiu.

Jovem, bem sucedido, com a vida pela frente, Eduardo nos deixou de maneira trágica.

A vida tem desses mistérios. Nos resta aceitar que é assim mesmo. E seguimos em frente.

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