Quando Alfred Hitchcock resolveu filmar "Psicose", em 1960, enfrentou muitas dificuldades.
Poucos antes de começar este trabalho, um jornalista perguntou ao diretor por que não parar quando estava no auge.
E frisou: "Afinal de contas o senhor está com 60 anos.
Ou seja naquela época uma pessoa com essa idade era considerada velha e devia se aposentar.
Passados mais de 50 anos a situação mudou muito. Woody Allen e Clint Eastwood, cineastas no mesmo nível de Hitchcock, realizaram seus últimos filmes perto dos 90 anos.
Nenhum dois dois, ao que se sabe, tiveram de passar por questionamentos semelhantes ao inglês, na década de 60 do século passado.
Os estúdios não acreditaram em "Psicose" e no início até pessoas próximas do diretor temiam pelo fracasso.
Alfred teve de hipotecar a casa para bancar as filmagens.
A imprensa também não apostou muito. A história do filme, já contada em livro, antes da realização do longa, parecia difícil de adaptar, muitos desacreditaram que podia render bem na tela.
Hitchcock, com o apoio de sua esposa, Alma, contrariou a todos - teve problemas até com a censura - realizou um dos seus melhores trabalhos e "Psicose" ainda hoje é sinônimo de suspense de qualidade.
Antes o diretor inglês, que depois de ficar conhecido passou a trabalhar nos Estados Unidos, tinha realizado, Um Corpo Que Cai, Janela Indiscreta, Rebecca, a mulher Inesquecível e Intriga Internacional.
Esses quatro e outros tinham consolidado seu nome como "Mestre do Suspense".
Depois de "Psicose" ela ainda fez mais seis filmes, dentre eles "Os Pássaros" (também excelente), mas nenhum superou o êxito do filme de 1960.
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