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DOIS BRASIS ATÉ NA TRAGÉDIA


Por Homero Fonseca

Entre os dias 28 e 31 de maio de 2022, fortes chuvas assolaram o Recife e causaram deslizamentos de encostas. Efeitos: 140 mortes, 122 mil pessoas desalojadas, 68 mil casas danificadas e 3 mil destruídas completamente.

(Dados do Sistema Integrado de Informações a Desastres — S2iD — do Ministério de Integração e Desenvolvimento Regional.)

A capital de Pernambuco ocupa atualmente a 16ª posição no ranking de cidade mais vulnerável aos efeitos da mudança do clima no mundo, segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC).

Hoje, é o Rio Grande do Sul que sofre com um cataclismo natural. Em ambos os casos, fenômeno vinculado às alterações climáticas, em boa parte provocadas pela ganância empresarial e agravadas pela incúria dos governos.

Nós, pernambucanos, nos solidarizamos com o povo gaúcho nesse sofrimento.

Mas não podemos deixar de ressaltar: mesmo na desgraça os dois Brasis mostram sua cara. Até esse momento, os danos de 2024 no Recife foram tão ou mais drásticos que os atuais no RS. Sem, nem de perto, causar a comoção nacional, a diuturna repercussão na mídia, a envergadura da pronta ação dos poderes públicos.

Não se trata de campeonato de desgraças.

Mesmo na tragédia, a desigualdade social impera no Brasil: cidadãos de primeira classe numa região, de segunda classe em outra. Nem os mortos escapam.

Isso não é choradeira. É indignação. E antes que algum filisteu faça uma das ilações falaciosas de costume, destaco: não peço menos empatia para os irmãos sulistas, mas mais solidariedade aos mais pobres, aos humilhados e ofendidos.

*Homero Fonseca é jornalista e escritor premiado.

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