Por Wagner Marques
Serão 10 dias em que Garanhuns se torna a capital nacional da cultura brasileira, em que confluem as mais diversas manifestações das linguagens artísticas, onde a arte pulsa em seus mais variados matizes, seja nas ruas, calçadas, tablados ou palco. A partir desta sexta-feira (21/07) até 30 de julho a cidade vivenciará mais uma edição do seu grandioso Festival de Inverno de Garanhuns (FIG).
Por ser um evento que dialoga com a multiplicidade de sons, ritmos, cores, expressões, formas, conteúdos, texturas, discursos, movimentos, gestos, ecos, entre outros, o FIG se assume como um evento que extrapola os trilhos da cultura e se torna um equipamento em que se canaliza o ressoar das dimensões humanas, oriundas da linguagem da arte.
O Festival de Inverno de Garanhuns é um evento em que tudo cabe, em termos de manifestação do ser. É um evento em que o corpo fala, a voz se modula em tons diversos, o verbo se exalta, as cores se mesclam, peles se fundem, olhares se entrecruzam, vidas se trespassam.
Vale, sobretudo, saudar o protagonista do FIG: o frio. A temperatura amena é o tempero e a razão de existir do evento. O frio vai além do chamado para um bom vinho ou chocolate quente. Vai além do chamado para fazer o bom uso de casacos, tocas e luvas. Agasalhos, de um modo geral. O frio convida a brotar de maneira diferenciada as expressões culturais que se enlaçam durante todo o Festival.
O FIG rima principalmente com intensidade. Pela potente proposta que permeia o evento, esse Festival não poderia se tornar outra coisa senão um Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado. Aí é que reside a grande responsabilidade de quem tem o dever de planejar, coordenar, dirigir, aplicar recursos e avaliar o FIG, que tem se tornado um evento que não nasceu pequeno, não é pequeno e não aceita ser apequenado. Esse é o recado que os gestores que têm responsabilidade sobre o FIG precisam não perder de vista.
Por fim, afora questões políticas que, vez por outra, ameaçam comprometer a proposta do FIG, mais uma vez ele está aí, grandioso e demandando, sempre, sempre, permanecer vigoroso e imperecível. Assim, mais uma edição do Festival está aí. As portas se escancaram. Garanhuns abre as suas cortinas. Os holofotes são do FIG. Que o Festival abra suas asas sobre nós!
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