FUNDARPE IGNORA PREFEITURA DE GARANHUNS COM RELAÇÃO AO FIG

Renata Borba, presidente da Fundarpe

Presidente da Fundarpe, Renata Borba, esteve em Garanhuns esta semana para conversar com segmentos da sociedade local sobre o Festival de Inverno de julho.

Será o primeiro realizado na gestão de Raquel Lyra (PSDB).

Segundo o blog apurou ela conversou com artistas e empresários.

Os que fazem a Prefeitura de Garanhuns foram ignorados.

Renata não teve contato com o prefeito Sivaldo Albino, o Secretário de Turismo, Givaldo Calado, ou a Secretária de Cultura, Sandra Albino.

Em 30 anos do FIG é a primeira vez que isso acontece.

Independente se o prefeito era aliado ou não os governantes sempre tiveram respeito pelas autoridades locais.

Isso com Joaquim Francisco, Miguel Arraes, Jarbas Vasconcelos, Eduardo Campos e Paulo Câmara.

Quando Izaías Régis era prefeito, tratava o governador como adversário político, falava dele nas rádios e se recusou a recebê-lo na cidade mais de uma vez. 

Mesmo assim, no período do FIG, a direção da Fundarpe sempre o procurou e seus secretários da área de turismo ou cultura.

Para completar, numa entrevista à Rádio Marano Renata Borba deixou formadores de opinião preocupados.

É que pela fala dela as atrações nacionais não serão prioridade.

Ela disse que a orientação da governadora Raquel Lyra é priorizar os artistas pernambucanos.

Durante essas três décadas, o Festival sempre foi eclético e plural. Grandes nomes da música popular brasileira passaram pelo palco principal do evento.

Podemos citar alguns: Gal Costa (o último show dela em Pernambuco foi em Garanhuns), Cássia Eller,  Caetano Veloso, Milton Nascimento, Djavan, Ana Carolina, Martinho da Vila, Maria Rita, Ney Matogrosso, Jorge Vercillo, Zeca Baleiro, Chico César, Reginaldo Rossi, Lenine, Belchior, Zé Ramalho, Dominguinhos, Vanessa da Mata, Skank, Jota Quest, Quinteto Violado, Geraldo Azevedo, Alceu Valença, Zé Ramalho, Fagner, Elba Ramalho...

Como dá pra ver, grandes nomes da música nacional, incluindo cantores e grupos pernambucanos.

O ano passado foi realizada a 30ª edição do FIG. Muitos consideram que foi a melhor de todas. Até porque o Festival passou de 9 para 17 dias.

A presidente da Fundarpe disse na entrevista a Luciano André que o governo está querendo fazer diferente, com algumas mudanças.

Ficam no ar algumas perguntas: Será mantida a ampliação do número de dias do FIG? Serão mantidos todos os polos? A ideia de valorizar o artista pernambucano (que na verdade sempre teve espaço no evento) não é uma desculpa antecipada para reduzir as atrações de peso no âmbito nacional? A prefeitura, que investiu R$ 3 milhões de recursos próprios o ano passado,  continuará sendo ignorada?

Minha opinião é que a direção da Fundarpe não foi desrespeitosa somente com o prefeito, eleito pela vontade do povo de Garanhuns, e seus secretários, mas com os habitantes da Suíça Pernambucana.

Raquel Lyra ganhou com larga vantagem a eleição em Garanhuns, então por que esse tratamento ao município?

Lembro aqui que ela cancelou um convênio celebrado na gestão anterior, de modo que a cidade perdeu em torno de R$ 9 milhões.

Achou pouco e ainda cobrou a devolução, pelo município, de mais de R$ 1 milhão já repassado pelo Estado à cidade, na gestão anterior.

Esperamos que a governadora ainda faça muito por Garanhuns, mas por enquanto o tratamento não tá muito legal.

Tanto que ela desautorizou a indicação dos dirigentes do Hospital Dom Moura,  feita pelo deputado Izaías Régis e a vice-governadora Priscila Krause (essa informação foi dada pelo jornalista Jamildo Melo, do Recife).

E nomeou para dirigir o hospital regional uma enfermeira de Caruaru. Ela pode fazer um ótimo trabalho no HRDM, mas não dá para admitir que Garanhuns, com 140 mil habitantes, um polo médico importante, gestores competentes em outras áreas, não tinha alguém habilitado para o cargo.

Vamos torcer para que esse mau começo (em relação ao FIG) não seja nada demais e o Festival continue como sempre foi.

Um evento que orgulha o povo de Garanhuns, do Agreste e de Pernambuco.