Morreu nesta quinta-feira, aos 73 anos, a jornalista Glória Maria, um ícone da TV brasileira.
Profissional começou a trabalhar na Globo em 1971. Foi repórter, apresentadora, a primeira jornalista de cor a se destacar nacionalmente.
Agora há pouco, no programa Encontro, na TV Globo, o jornalista Pedro Bial falava visivelmente emocionado a respeito da colega.
Ele e outros companheiros da emissora relembraram diversos momentos da repórter e apresentadora e um deles recordou que Glória, barrada num hotel, por ser negra, recorreu à Lei Afonso Arinos.
"Foi a primeira no Brasil a usar essa lei", frisou Bial.
Glória Maria foi diagnosticada com um câncer de pulmão, tempos atrás.
O tratamento com imunoterapia teve sucesso. Depois, ela sofreu metástase no cérebro, que também pôde, inicialmente, ser tratada com êxito por meio de cirurgia, mas os novos tratamentos não avançaram.
“Em meados do ano passado, Glória Maria começou uma nova fase do tratamento para combater novas metástases cerebrais que, infelizmente, deixou de fazer efeito nos últimos dias, e Glória morreu esta manhã, no Hospital Copa Star, na Zona Sul do Rio”, disse um comunicado divulgado mais cedo, pela TV Globo.
PIONEIRA
Glória foi pioneira inúmeras vezes. Ela foi a primeira a entrar ao vivo e em cores no Jornal Nacional, mostrou mais de 100 países em suas reportagens e protagonizou momentos históricos.
“Eu sou uma pessoa movida pela curiosidade e pelo susto. Se eu parar pra pensar racionalmente, não faço nada. Tenho que perder a racionalidade pra ir, deixar a curiosidade e o medo me levarem, que aí eu faço qualquer coisa", disse uma vez a jornalista, conforme registra nesta quinta o G1.
*Foto: Poder 360.
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