O novo
livro do escritor Junior Almeida, pesquisador membro da ABLAC – Academia
Brasileira de Artes do Cangaço, do GECAPE – Grupo de Estudos do Cangaço de
Pernambuco e do Instituto Cariri Cangaço, LAMPIÃO EM SERRINHA DO CATIMBAU,
teve seu primeiro lançamento no final de março, em Paulo Afonso, na Bahia.
Depois
disso, já foi também apresentado na Academia de Letras de Garanhuns, durante o
30º FIG, em Paranatama e, em Piranhas, Alagoas, sendo sempre muito bem recebido
pela crítica especializada.
O
livro, o quarto do autor, nos traz as notícias da imprensa da época em relação
ao cangaço no Agreste pernambucano, além de discorrer detalhadamente sobre tudo
que aconteceu no então distrito de Garanhuns, antes e depois do tiroteio de
julho de 1935 que botou pra correr de Serrinha Lampião e seus cabras.
Dentre
as várias notícias dos jornais do Estado, uma reportagem de um noticioso
pernambucano, poucos dias depois do bravo ato de resistência da população de
Serrinha, traz uma longa reportagem com um comerciante de São Serafim, distrito
de Saloá, Manoel Leite da Rocha, que foi o primeiro morador da região a
falar com a imprensa da capital, passando aos repórteres detalhes do que
aconteceu na atual Paranatama.
Outro
personagem de Saloá que aparece no livro de Junior Almeida é Zé Birunda (foto 2),
bisavô de Júnior de Rivaldo e Ronaldo Birunda (foto 2), atuais prefeito e
vice-prefeito do município, respectivamente. Zé Birunda foi ameaçado por
Lampião, por ter se recusado a dar dinheiro ao Rei do Cangaço, que
anteriormente mandara-lhe um bilhete com a tentativa de extorsão.
Aliado
do Coronel José Abílio, de Bom Conselho, José Florentino Alves, o Zé Birunda,
era o chefe político do antigo distrito daquele município, que na época do
desaforado recado de Lampião chamava-se São Serafim, depois, passou a se chamar
Barro, e por fim, município emancipado de Saloá.
Por
este exemplo citado, percebemos como a História nos encanta, principalmente os
fatos da nossa região, pois vez por outra, alguns eventos esbarram em um
conhecido.
Outro
exemplo do que estamos falando, é que outro importante personagem envolvendo o
episódio de Serrinha, foi também citado no livro. Trata-se de José Calado,
caçador da região de Santo Antônio do Tará, que foi o homem que cuidou, em meio
à caatinga, dos ferimentos de Maria Bonita, que foi baleada em Paranatama,
durante 40 dias. Este cidadão era tio bisavô do atual deputado federal Fernando
Rodolfo, mas essa já é uma outra história, que falaremos posteriormente.
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