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VEREADOR DE JUPI TENTA JUSTIFICAR PROJETO QUE AMPLIA O RECESSO


Em entrevista a Agnelo Alves, da Rádio Líder de Jupi, o vereador Antônio Pedro, mais conhecido como Antônio da Colônia, tentou justificar o projeto que apresentou na Câmara ampliando o recesso parlamentar no Legislativo Municipal.

Ele fez questão de informar que está na Câmara desde 2005, sempre sendo escolhido como secretário da Casa e tendo exercido também um mandato de presidente. "Não sou marinheiro de primeira viagem", frisou.

Antônio da Colônia confirmou que o projeto foi apresentado, sob o número 3/2021 e realmente amplia o recesso, mas segundo ele não dá férias aos vereadores. 

A compreensão do parlamentar é que vereador não tem férias. Aprovado o projeto, apenas haverá menos reuniões ordinárias, algumas a seu ver desnecessárias, pois às vezes não há o que se discutir. Ele disse que com isso os representantes da população de Jupi terão mais tempo ou espaço para participar de reuniões fora da cidade, de congressos, de buscar capacitação.

"Qualquer vereador, se houver interesse, poderá continuar trabalhando", disse na rádio, deixando claro que a atividade do parlamentar não se limita ao que faz no plenário do Poder Legislativo.

Mesmo confirmando a existência do projeto, Antônio acha que houve maldade e distorção na divulgação da notícia. Para o vereador, é um assunto interno da Câmara e muita gente ficou falando do assunto sem entender do mesmo.

O radialista citou que até o padre da cidade, José Nivaldo, comentou na missa o assunto que dominou Jupi no final de semana. Antônio da Colônia, na entrevista, demonstrou uma certa contrariedade com a abordagem do tema pelo sacerdote, na frente de sua família, porém fez questão de revelar que é católico.

Em certo momento,  Agnelo Alves disse que a matéria divulgada no blog tinha sido paga, o que não é verdade. Foi totalmente jornalística e a fonte original não foi o ex-vereador Jeffeton Monteiro, como citado na rádio e sim um vereador da atual legislatura.

Por sinal,  nos muitos comentários feitos nas redes sociais sobre o assunto três dos vereadores de Jupi informaram que votariam contra o projeto.

Antônio da Colônia falou como se a imprensa, o padre e a população em geral estivessem se intrometendo em matéria de natureza interna da Câmara Municipal.

Na verdade numa democracia a imprensa é livre e tem o dever de noticiar os fatos. Qualquer popular tem direito a se manifestar a respeito de uma proposta como a apresentada, inclusive o padre. Nas ditaduras é que os assuntos não podem ser discutidos ou questionados.

Quanto ao argumento do vereador de que não está propondo férias e sim ampliando o recesso, esta palavra tem significado semelhante a intervalo, parada.

Toda imprensa brasileira sempre tratou o recesso parlamentar - seja das Câmaras, das Assembleias Legislativas ou do Congresso Nacional - como as férias dos políticos.

Nos últimos anos até prefeitos e governadores se dão férias, muitas vezes e viajam,  passando o cargo temporariamente para os vices.

Os significados de recesso e férias são bastante semelhantes e não houve maldade nenhuma na matéria. Acontece que a proposta é polêmica, principalmente porque de certa maneira é um retrocesso. 

Quando era vereador, Jeffeton Monteiro conseguiu reduzir o tempo de recesso parlamentar. Antônio deseja que tudo volte no tempo, e que os vereadores tenham mais oportunidades de "participar de reuniões, congressos e capacitações".

O vereador é experiente, mas subestima o povo. Todo mundo sabe muito bem que os parlamentares - nos município, nos estados ou no país - têm privilégios que não são oferecidos ao trabalhador comum, ao professor, ao gari, às recepcionistas, aos profissionais de saúde ou aos comerciários (as). 

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