E agora? Que fazer? Até quando? Quem tem resposta para essa
pergunta? Penso que ninguém. Penso que vamos ficar à mercê da ciência que
pesquisa um veneno para esse “bichinho”.
É. Só falta um dia. E nada. Amanhã vence a meta. E ela, ao
que tudo indica, longe, muito lange, de ser atingida. No que pese o desejo, a
torcida, as rogações de tantos. Milhares, daqui, de alhures.
É. Esse tal de coronavírus é realmente perigoso, forte, além
de invisível, traiçoeiro e letal.
Pensei errado. Não sabia disso. Sabia de que ele viria. Sim,
fomos avisados. Mas que ficaria por tanto tempo entre nós, não. Daí estar a
dizê-lo, agora, que ele é, também, perigoso, forte, e, ainda, pelo tempo em
nossa cidade, imprevisível. Chega quando quer. Vai embora quando achar
melhor.
Daí os noventas dias. Tempo de sobra para seus males. E eles estão aí. Todos sabem. Daí os cinco dias conferidos para deixá-lo fechar os noventa dias em nossa cidade. Que começamos a contar desde dia 15. Amanhã, 20, portanto, 90 dias. De repente, até mais. Já que os noventa dias, na verdade, é de nosso recolhimento, isolamento...
Fomos açodados em pensar em sua saída desse mal para esse dia 20? Penso que não. Na verdade, no máximo, fomos levados pela ânsia em voltarmos aos nossos dias a dia. Afinal, 90 dias. Sei lá, 100 dias. Muito tempo em nossas casas. É como disssera Herbert Spencer: “O tempo é o que o homem sempre tenta matar, mas que o acaba matando.” Mas, nós, da “Cidade de Simôa”, da “Cidade Encanto”, da “Cidade Poesia” vamos vencer, apesar do tempo.
*Givaldo Calado é empresário, advogado e cronista. Foi vereador e Secretário de Cultura de Garanhuns.
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