O Partido Comunista
Brasileiro (PCB) manifesta seu repúdio à prisão do ex-presidente Luis Inácio
Lula da Silva, tendo em vista ser esta resultado de um processo viciado, com
manipulações e seletividade durante todo o processo. O julgamento do pedido de
Habeas Corpus ocorreu diante de avassaladora pressão da mídia, especialmente a
rede Globo, do governo federal e dos militares, todos com o objetivo de prender
Lula e retirá-lo da disputa eleitoral.
O PCB identifica na prisão de Lula mais
um elemento da ofensiva reacionária do imperialismo e da burguesia, da
restrição aos direitos políticos e de um ataque às liberdades democráticas em
andamento no país. Um dos aspectos desse processo é a espetacularização e
seletividade dos julgamentos no judiciário, comprometido com o andamento do
golpe. A seletividade fica claramente demonstrada pelo fato de que os
principais corruptos, tanto no Executivo quanto no Legislativo, mesmo com
vastas provas, continuam soltos e gozando de liberdade.
Esse processo se tornou mais dramático
e vingativo com a imediata providência do Juiz Sérgio Moro, pouco mais de 12
horas depois da decisão do STF, em determinar a prisão de Lula, convocando-o
para apresentação na Polícia Federal do Paraná até as 17h de sexta feira, dia 6
de abril.
Nesse sentido, não é hora de
conciliação e vacilação. Os comunistas brasileiros não titubearão em fortalecer
a resistência unitária e popular frente a esta ofensiva às liberdades
democráticas. Para além do instável calendário eleitoral, devemos fortalecer,
juntamente com todas as forças democráticas, progressistas e revolucionárias, a
resistência organizada a esses ataques.
Além disso, orientamos nossa
militância, tanto do Partido quanto dos nossos coletivos, a se somar a atos unitários
em todos os Estados, participando tanto de sua mobilização como de sua
organização, buscando, nesses espaços, além de denunciar a perseguição política
ao ex-presidente Lula, participar ativamente do enfrentamento, em conjunto com
as organizações e movimentos populares, à escalada fascistizante, ao avanço do
conservadorismo e aos ataques contra a classe trabalhadora.
A luta organizada ainda é a melhor arma
da classe trabalhadora. Vamos resistir aos ataques e construir, na resistência
organizada, os elementos da contraofensiva socialista.
Comissão Política Nacional do PCB
APOIO:
PCB (Partido Comunista Brasileiro) de Garanhuns/PE
O coletivo Maçons Progressistas do Brasil-MPB criticou, em nota, a prisão sem base legal contra o ex-presidente Lula; "Denunciamos o estabelecimento de um estado de exceção judicial, gestado sob o silêncio das instituições jurídicas e políticas (OAB e Congresso Nacional) e auxiliares e de controle das atividades judiciais (CNJ e CNMP), que vem violentando nossa Constituição, os direitos e garantias fundamentais nela esculpidos, a ordem jurídica, o Estado democrático de direito, os postulados do regime democrático e, sobretudo, a proclamada soberania popular brasileira".
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