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Pesquisas Eleitorais

SAUDADE BOA

Hoje é dia de finados. Eu lembro do meu pai,  Euclides Almeida. Lembro de Pai Teixeira e Mãe Nana, era assim que nós - cinco irmãos - chamávamos nossos avós. 

Mas não lembro deles só hoje.

Na verdade, eles estão comigo todos os dias da minha vida. Nos meus olhos um pouco tristes, no meu sorriso contido, no meu coração eternamente apaixonado pela vida, pelas pessoas. Eles estão comigo não só pela carga genética, mas porque se incorporaram ao universo, à natureza, à vida que segue, de modo que de certa maneira estamos todos no mesmo plano, guiados pelo mesmo regente dessa orquestra - o Tao, o Uno, o Absoluto, o Senhor dos destinos.

Lembro do meu pai e de meus avós com saudade, uma ponta de tristeza, mas também com alegria porque eles fizeram parte da minha jornada, foram os responsáveis pelo que sou.

E meu pai, meus avós, tios e tias que já se foram, bisavôs, todos que nasceram, tiveram filhos e netos para que eu hoje estivesse aqui, continuam em mim, nos meus descendentes.

Hoje sou pai, sou avô e vejo no meu neto e nas minhas netinhas traços de papai, de mamãe, dos pais deles.

Nada acaba, a vida continua sempre, com outros rostos, outras vidas, que na essência são a mesma vida ou que pelo menos tiveram uma origem comum.

Existem várias saudades.

Tem a saudade boa. A que sinto hoje, ao lembrar com carinho e amor dos meus pais e avós, de tantos que se foram mais continuam vivos,  aqui na minha cabeça, no meu coração.

*Foto: Euclides Almeida.

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