Não há um
Poder da República Brasileira mais em foco do que o Poder Judiciário, hoje.
Sobretudo, a Supremo Corte (STF). Já houve até quem decretasse a falência
dos outros dois Poderes e a inevitável ascensão do Poder Judiciário, através de
um processo conhecido como "judicialização da Política".
Para alguns, uma tendência mais ou menos universal, em razão da lentidão, do despreparo, do corporativismo das câmaras legislativas no país. A isso, venho se somar o "ativismo judicial" como uma manifestação de republicanismo da magistratura, em face da inércia ou incapacidade do Poder Legislativo atender aos reclamos da sociedade. Estaríamos assim numa esp& eacute;cie de juriscracia, ou um governo dos juízes. Até começarem os protestos pela falta de legitimidade dos magistrados em decidir questões polêmicas, em nome dos cidadãos e cidadãs. Depois, vieram as arguições sobre a natureza política da indicação de seus membros e, mesmo, de suas decisões
Em muito boa hora, acaba de sair do forno o novo livro do advogado geral da União,, Alexandre Douglas Carvalho - "Imagens da Imparcialidade - Entre o discurso constitucional e a pratica judicial", publicado pela Editora portuguesa Almeidina, e já disponível para o leitor brasileiro interessado nesses temas tão atuais.
Para alguns, uma tendência mais ou menos universal, em razão da lentidão, do despreparo, do corporativismo das câmaras legislativas no país. A isso, venho se somar o "ativismo judicial" como uma manifestação de republicanismo da magistratura, em face da inércia ou incapacidade do Poder Legislativo atender aos reclamos da sociedade. Estaríamos assim numa esp& eacute;cie de juriscracia, ou um governo dos juízes. Até começarem os protestos pela falta de legitimidade dos magistrados em decidir questões polêmicas, em nome dos cidadãos e cidadãs. Depois, vieram as arguições sobre a natureza política da indicação de seus membros e, mesmo, de suas decisões
Em muito boa hora, acaba de sair do forno o novo livro do advogado geral da União,, Alexandre Douglas Carvalho - "Imagens da Imparcialidade - Entre o discurso constitucional e a pratica judicial", publicado pela Editora portuguesa Almeidina, e já disponível para o leitor brasileiro interessado nesses temas tão atuais.
O alentado livro
de Douglas Carvalho (o segundo. O primeiro é sobre a súmula vinculante), é
resultado de uma tese de doutorado feita na UnB, onde o autor lecionou como
docente voluntário. Trata-se de um texto bem construído, dividido em
cinco capítulos ( Imparcialidade judicial: a história de um conceito, À procura
de uma imagem: a construção da imparcialidade judicial pelo discurso
constitucional no Brasil, desenhando a p rópria imagem de imparciais, mapeando
uma imagem de imparcialidade nos julgados do STF, a reconstituição de um mosaico:
as condições do juízo imparcial). A tese impressiona pela robustez. Há dois
longos desenvolvimentos sobre a história da construção do STF, na monarquia e
na república. Faz-se também a reconstrução da imagem do judiciário nos
debates da Constituinte de 1988. Depois, o autor realiza uma pesquisa empírica
e documental sobre os julgados pela suprema corte, estudando os casos de
arguição e suspeição, para finalmente no final reconstruir a imagem
caleidoscópica desse retrato.
O livro de
Alexandre Douglas tem o mérito incontestável de remar contra a corrente, numa
época de messianismo judiciário e seus anjos vingadores. O autor se vale da
teoria distemica do Direito de Nicos Luhmamm, primeiro como postulado metodológico
básico, ao dizer que um pouco de positivismo jurídico não faz mal a ninguém,
numa época dos relativismos pós-modernos e da absoluta arbitrariedade dos
julgados do STF.
Diz ele que é impossível se obter uma imagem da
corte, pois as decisões têm sido monocráticas e apenas referendadas pelo Casa.
É uma imagem fragmentada da Justiça e de sua pseudo-imparcialidade. Mas
importante , contudo, é a relação entre Direito e Política ..
Seguindo Luhmamm, o caso do sistema justicial brasileiro é o exemplo mais
acabado de "Alopoiesis", ou seja, da absoluta falta de autonomia
funcional e jurisdicional em razão da interferência do Poder Político na
Magistratura Superior do País. E não se precisa nem de lembrar o papel que
determinados magistrados desempenham no STF em favor de determinados partidos
ou políticos. Todos os dias, assistimos indignados decisões e medidas
declaradamente parciais e tendenciosas.
Depois, da
leitura conscienciosa desse denso e bem documentado livro, a imagem de
imparcialidade do Poder Judiciário no Brasil vai se quebrar em mil pedaços.
Tem-se que assumir o fato da Politização aberta, declarada de membros da Corte,
uma espécie de ativismo partidário, faccioso, que vai ajudar a destruir o que
ainda resta de credibilidade desse Poder.
0s políticos no Brasil em sua maioria absoluta falam muito,escreve pouco e denunciam muito.0 dinheiro público é tanto que todos denunciam todo mundo e todos são denunciados.Os políticos em geral ganham muito e produzem muito pouco e faz de conta que trabalham quando a produção é quase zero.
ResponderExcluirA justiça brasileira é cúmplice dos desmandos da própria justiça que defendem pobres,mas quando é na hora de dar aumentos exorbitantes são os primeiros a aprovarem suas planilhas e quebrarem a falsa isonomia salarial entre os 3 poderes,Executivo,Legislativo e Judiciário.Presidente em 2002 R$ 11.420 e Deputados de 2002 a 2010 R$ 16.509,12 e depois para R$ 26.723,13 e depois para os atuais R$ 33.763,00 e para os juízes R$ 39.293,00.Que justiça é esta que permitiu que 280 Deputados Federais aprovassem isonomia salarial entre eles e depois os MESMOS 280 DEPUTADOS FEDERAIS quebram a ISONOMIA SALARIAL E A JUSTIÇA EM NADA SE PRONUNCIA?