Possivelmente escritores e cineastas jamais conseguirão esgotar o tema
do nazismo e o horror que foi a Segunda Grande Guerra, provocada pela megalomania
de Adolf Hitler. Centenas de livros e filmes já foram produzidos sobre o
assunto e sempre a gente acaba descobrindo uma obra com informações novas e
ângulos diferentes no tratamento do espinhoso momento da história mundial.
“A Bibliotecária de Auschwitz”, livro do escritor Antonio Iturbe, um best
seller na Espanha e publicado na maioria dos países da Europa e também no
Brasil, é uma mistura de romance e documentário, baseado na história verdadeira
de Edita Adlerova, ou simplesmente Dita, uma menina que 14 anos que viveu todo
o sofrimento do maior campo de concentração nazista, localizado na Polônia.
Em Auschwitz mais de um milhão de pessoas foram mortas – a maioria
judeus – pelos carrascos alemães que utilizaram no massacre metralhadoras,
fuzis, câmaras de gás e maus tratos. As péssimas condições de vida no campo
também exterminaram milhares, por conta das doenças e da fome.
Neste inferno em que viveu a pequena Dita, a jovem conviveu de perto com
Josef Mengele, o médico alemão apelidado de “o anjo da morte”, porque fazia a
seleção dos que deviam continuar vivendo e dos que eram enviados para a câmara
de gás.
Mengele ficou conhecido mundialmente também pelos experimentos “científicos”
feitos com os judeus, especialmente com gêmeos. Na busca da purificação da raça
ariana, ele não hesitou em arrancar os órgãos das pessoas, injetar tinta nos
olhos dos pacientes e praticar outros atos doentios.
O médico conseguiu fugir do campo antes deste ser libertado pelas forças
aliadas e morou depois da guerra na Argentina e no Uruguai. Morreu no Brasil,
em Bertioga, provavelmente de um infarto, sem nunca ter sido julgado pelos
muitos crimes que praticou.
“A Bibliotecária de Auschwitz” dá uma mostra de quem foi Mengele, que
todos temiam, mas o tema central é a resistência de um grupo de judeus que não
abriu mão da vida e buscou alternativas de sobrevivência dignas dentro do
campo.
Fredy Hirsh, um judeu corajoso e culto, cria em Auschwitz uma escola
clandestina para “entreter” as crianças e permiti-lhes suportar melhor o horror
dentro do campo de concentração. Ele quem transforma a adolescente Dita em “bibliotecária”,
com a missão de distribuir e esconder os oito livros disponíveis no campo de
concentração.
A menina tem um amor extraordinário pelos livros, cuida deles como se
fossem filhos e faz de tudo para que não sejam descobertos, o que significaria
o fim da escola e a condenação a morte de muitas pessoas.
Você acompanha a ficção-realidade como se estivesse dentro do campo,
convivendo com a morte, a tortura, a fome, o desespero. Há momentos duros,
tristes, capazes de deixar qualquer um revoltado, mesmo os que já têm
conhecimento das barbaridades praticadas pelo nazismo.
Apesar de tudo, o livro também relata a força e a esperança, principalmente
na figura do personagem principal, que se comporta como se já fosse adulta para
proteger a mãe, os professores do campo de concentração, os amigos ou amigas.
Dita Adlerova sobreviveu a Auschwitz e hoje, com mais de 80 anos de
idade, reside em Israel. Quando saiu do inferno polonês encontrou em Praga (antiga Tchecoslováquia) um
dos professores do campo de concentração, com ele fez amizade, os dois se
apaixonaram, casaram, tiveram três filhos, netos e ficaram juntos até a
morte dele, já neste século.
Conhecer mais sobre o Holocausto
idealizado por Hitler e seus comandados é ficar por dentro da história, ter
consciência e participar da luta para que crimes como os praticados pelos fascistas e nazistas nunca mais se repitam.
Antônio Iturbe é um ótimo jornalista e escritor. Seu texto em “A
Bibliotecária de Auschiwitz” é simples, sem arrodeios desnecessários, mas
preciso, objetivo, elegante. Faz uma bonita homenagem ao professor Fred Hirsch
e Dita, revela novos dados sobre o campo de concentração e provoca uma reflexão
necessária sobre a barbárie dos alemães sob o comando de Hitler.
É preciso dizer sempre: “Nazismo e fascismo nunca mais!” (R.A.)
É preciso dizer sempre: “Nazismo e fascismo nunca mais!” (R.A.)
Dita Adlerova numa foto recente
ROBERTO ALMEIDA TERMINA ESTE BELÍSSIMO TEXTO ESCRITO POR ELE COM UMA FRASE QUE VEM A CALHAR: É preciso dizer sempre: “Nazismo e fascismo nunca mais!”. EU VOU MAIS ALÉM: NÓS BRASILEIROS ALÉM DE CONCORDARMOS COM A FRASE NÃO DEVEMOS TAMBÉM, NOS ESQUECER NUNCA: É preciso dizer sempre: “Ladroagem e petismo nunca mais!”...
ResponderExcluirPara ESSE LIVRO vai haver lugar reservado na minha biblioteca!! - ISSO me faz lembrar a infelicidade que foi imposta a Olga Benário!! - Olga foi morta pelos nazistas, tão logo sua filha nasceu!! - Arrancaram a menina das mãos de Olga!! - E logo depois a assassinaram a mãe!! - Nazismo e fascismo NUNCA MAIS!!! - 2. A insanidade de muitos que clamam por trastes como Jair Bolsonaro, NUNCA vai lograr êxito!! - ESSES ENDIABRADOS que pedem regime de exceção no nosso país, NÃO terão sucesso NUNCA!!! /.
ResponderExcluirCom certeza vou comprar este livro. Li o livro entitulado "Médicos Malditos" e me surpreendi com os fatos nele narrados principalmente a troca e experiências feitas por esse médico maldito nos aprisionados naquele campo.
ResponderExcluirTODO PETRALHA QUE ESTÁ LENDO ESSE BOM TEXTO DO ROBERTO, É ADEPTO INCONDICIONAL DA FRASE TERMINAL DA MATÉRIA: É preciso dizer sempre: “Nazismo e fascismo nunca mais!”... GERALMENTE, ESSES PICARETAS SÃO ADEPTOS OU COMANDANTES HEROICOS IDOLATRADOS DO NAZILULISMO, O “homem mais honesto do mundo”... QUANTA HIPOCRISIA!!! QUANTO CINISMO!!!
ResponderExcluirP.S1.: - De um modo geral, os petralhas, comunalhas e outras tralhas amam países Islâmicos, já perceberam?!?!?! Engraçado que lá ocorrem as maiores barbáries!!! Não são democráticos e matam quem discorda do governo, matam Gays, matam quem não é islâmico, matam minorias étnicas, escravizam mulheres, vendem mulheres como escravas sexuais, crianças são vendidas como escravas sexuais, até meninos são estuprados com as bênçãos de um tal de ALÁ!!! Mas ISRAEL(terra dos judeus esfacelados pelo nazismo) que não faz nada disso é ODIADO pela esquerdalha escrachada e essa petralhada mulambenta...
P.S.: - As narrativas fajutas a que os coxinhas vermelhos têm de recorrer para explicar o inexplicável já viraram motivo de chacota nacional... Quanta hipocrisia!!! Quanto cinismo desses defensores e puxa sacos do NAZILULISMO!!!
Altamir Pinheiro sempre com um humor e palavras ácidas faz uma importante colocação neste seu comentário. Nosso amigo blogueiro tenta passar aos seus leitores uma comparação sem lógica dos fascistas europeus de outrora com as opções político - partidária dos nossos dias atuais em que vivemos um amadurecimento de nossa jovem democracia. É comum vermos simpatizantes do partido ora no poder classificarem TODOS aqueles que se opõem aos seus ideais como fascistas e outros adjetivos descabidos para a livre opinião que nos é facultada. Tais simpatizantes devem com argumentos, mostrar que o Governo que eles defendem, têm sido melhor para o nosso país. Lembrando que conquistas sociais não apagam ou justificam essa situação lamentável que TODOS nós estamos vivenciando.
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