O tempo passa rápido e a eleição é daqui a pouco mais de um ano.
Raquel faz campanha como governadora.
Cada inauguração, visita, vídeo, nomeação, discurso, é um ato político pensando na reeleição.
Apesar de comandar a máquina estadual, está em desvantagem.
Os eleitores que lhe proporcionaram uma estupenda vitória, em 2022, estão em sua maioria decepcionados.
Acham que a Raquel governante não é a mesma dos palanques.
Que ia mudar tudo pra melhor. A saúde, a educação, a segurança pública, as estradas...
Cidades importantes de Pernambuco, como Garanhuns, com perto de 150 mil habitantes não receberam até agora uma só ação de peso.
E olha que já estamos no quarto mês do terceiro ano de governo.
Uma quadra no colégio não é muito pouco para dois anos e quatro meses de um governo estadual?
Pois é. A obra inaugurada em Garanhuns é tão insignificante, em termos de governo, que Priscila Krause, no exercício da gestão terminou cancelado a vinda à cidade, que chegou a ser anunciada.
Raquel Lyra tem tempo ainda. E recursos. Mas não é tanto tempo assim e dinheiro nem sempre faz milagres.
O provável adversário da governadora, João Campos, é prefeito do Recife.
Não é um político qualquer. É bisneto de Miguel Arraes, é filho de Eduardo Campos.
O ano passado, foi reeleito com 78% dos votos dos eleitores da capital.
Tem carisma, discurso e como administrador fez muitas entregas nos quatro primeiros anos da gestão.
Já está em campo. Os congressos do PSB, na Região Metropolitana, Sertão, Agreste e Zona da Mata, vão permitir a João consolidar ainda mais seu nome junto aos eleitores.
Lidera com folga todas as pesquisas divulgadas até agora.
A virada não é impossível, mas difícil. João Campos tem todas as condições de empolgar.
À governadora Raquel Lyra, resta trabalhar mais e mais.
Intensificar o discurso de que o PSB acabou com Pernambuco.
O que não é verdade. Os governos do PSB fizeram muito por Pernambuco.
Mesmo Paulo Câmara fez mais entregas do que Raquel.
E a ex-prefeita de Caruaru, sempre é bom lembrar, também foi do PSB. Deputada estadual e secretária de Eduardo Campos.
Mas é preciso que o povo de Pernambuco julgue, sobretudo, a capacidade de gestão.
Quem tem condições de fazer mais pelo Estado? João Campos ou Raquel Lyra?
Quem demonstrou mais capacidade ao governar, o socialista ou a ex-tucana?
Respondidas essas perguntas, a escolha não é tão difícil assim.