Um colégio eleitoral dominado pelo governo escolhia o presidente e este, quando no poder nomeava os governadores e prefeitos.
Em 1985 foi realizada pela primeira vez eleição para escolha dos prefeitos das capitais, desde a instalação do regime militar.
O PMDB (na época era exigido o P de partido na sigla) ficou dividido no Recife e o deputado federal moderado Sérgio Murilo foi escolhido como candidato.
A ala chamada de autêntica do PMDB não aceitou o resultado da Convenção, alegando que houve fraude.
Os peemedebistas à esquerda, então, decidiram que Jarbas Vasconcelos se filiaria ao PSB e concorreria à prefeitura.
Foi uma campanha acirrada. Murilo teve o apoio de Marcos Freire, então a grande liderança do partido, do deputado e presidente nacional da legenda, Ulisses Guimarães e do então governador Roberto Magalhães.
Jarbas teve em seu palanque o então deputado federal Miguel Arraes e Fernando Lyra (tio da atual governadora), combativo parlamentar do setor autêntico do PMDB.
Sérgio Murilo liderou as pesquisas até 15 dias antes da eleição. Chegou a ostentar 16 pontos de vantagem já na reta final da campanha.
Então uma revelação de Carlos Lapa, político de Carpina, mudou tudo: ele disse que Murilo já tinha assassinado um homem no município da Zona da Mata de Pernambuco.
Jarbas, subiu o tom do discurso e bradou: "Recife não pode ter como prefeito um assassino".
Esse fato novo levou à virada e Jarbas Vasconcelos venceu a eleição por uma pequena diferença.
Depois se elegeu mais duas vezes para governar a capital e outras duas para administrar o estado de Pernambuco.
Depois de eleito, Jarbas voltou ao PMDB (que voltou a ser MDB), partido ao qual é filiado até hoje.
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