DA CAMPANHA DAS DIRETAS À ELEIÇÃO DE LULA PARA A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

Comício pelas eleições diretas em São Paulo


HISTÓRIA
- Um dos maiores movimentos de massa da história do Brasil foi a campanha das diretas já, no ano de 1984.

A população estava cansada de 20 anos de regime militar e ansiava votar para presidente da República.

O primeiro grande baque do regime foi em 1974, quando na eleição para o senado o MDB, partido da oposição, teve ampla maioria em todas as regiões do país.

Em Pernambuco, Marcos Freire, um professor bonitão da Faculdade de Direito do Recife, teve uma vitória espetacular, se tornando um dos grandes nomes da política brasileira.

O presidente na época era o general Ernesto Geisel, que prometeu uma abertura política "lenta, gradual e segura".

Em 1979, já com João Batista Figueiredo na presidência, foi assinada a anistia política, que trouxe de volta ao Brasil lideranças do porte de Leonel Brizola e Miguel Arraes.

O gaúcho se elegeria governador do Rio de Janeiro, em 82, na primeira eleição para escolha dos governantes estaduais desde o início da ditadura militar.

Marcos Freire perdeu em Pernambuco, no mesmo ano, mas em 1986 Arraes voltou ao Palácio das Princesas, de onde foi arrancado pela força das armas, em 1964.

A campanha das diretas empolgou o país, com comícios nunca vistos em capitais como Recife, Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo.

Teve concentração em que foram calculadas em torno de 1 milhão e meio de pessoas.

Apesar da intensa mobilização popular, a emenda não passou no Congresso Nacional, frustrando as lideranças e as pessoas que clamavam por mudanças.

No mesmo ano, no entanto, o Colégio Eleitoral elegeu Tancredo Neves como presidente.

O primeiro presidente civil desde o 1º de abril de 64.

Tancredo adoeceu e morreu antes de assumir, tendo o vice José Sarney, egresso do governo, administrado o país até a eleição de Fernando Collor, em 1989.

Em 2002, pela primeira vez os brasileiros elegeram um homem do povo para governar.

Luiz Inácio Lula da Silva derrotou o representante dos tucanos, José Serra, se reelegeu em 2006 vencendo Geraldo Alckmin e voltou ao poder em 2022, ao superar Bolsonaro, que tentou a reeleição e não conseguiu.

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