A prefeitura tem 60 dias para apresentar um cronograma com as mudanças.
A decisão atende a uma ação civil pública movida pelo Instituto Vladimir Herzog e pela Defensoria Pública da União.
A sentença foi assinada pelo juiz Luiz Manoel de Fonseca Pires, da 3ª Vara da Fazenda Pública.
Entre os locais que devem ser rebatizados estão a Avenida Castelo Branco, a Rua 31 de março e o crematório Jayme Augusto Lopes.
Esse Jayme foi diretor do serviço funerário de São Paulo à época em que corpos de desaparecidos políticos foram ocultados em valas clandestinas.
Tem que mudar mesmo. Numa democracia, não faz sentido ter ruas, avenidas, hospitais e escolas com nomes de ditadores ou subordinados que foram responsáveis por torturas e mortes.
Não faz muitos dias decisão semelhante a essa da capital paulista foi tomada em Natal, capital do Rio Grande do Norte.
E não se deve esperar apenas por institutos e pela justiça. O Legislativo também deve agir.
Nas cidades em que nome ligados à ditadura são homenageadas, cabe aos vereadores apresentarem propostas para mudar nomes de ruas, avenidas, escolas ou hospitais.
A democracia é um bem que precisa cultivar todos os dias, às vezes nos detalhes.
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