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Pesquisas Eleitorais

SABOTAGEM - Por Homero Fonseca


Não sou economista, nem nada, e gosto de lembrar a frase: “A guerra é coisa importante demais para ser deixada por conta dos generais”, do antigo primeiro ministro francês George Clemenceau, trocando guerra e generais por economia e economistas.

Dito isto, vamos ao que interessa:

O Brasil alcançará no ano de 2024 o maior volume de investimentos em infraestrutura do Século 21. No momento em que a economia vive o melhor momento dos últimos 12 anos — com a queda acentuada do índice de desemprego e a elevação consistente do PIB — , o câmbio dispara e o dólar ultrapassa a barreira dos seis reais. E, nesse momento, o “mercado” age com tanto frenesi que dá a impressão de que o país marcha para o precipício.

Essas são palavras do empresário português Nuno Vasconcelos, que marca presença na mídia brasileira pelos jornais Brasil Econômico e O Dia, além de rádio e TV por assinatura. O cara é insuspeito.

Pois bem, nesse quadro positivo, o pacote de cortes de gastos do governo anunciado pelo ministro Haddad — justo e corajoso — é bombardeado pela mídia e pelos neoliberais, com supostos argumentos técnicos baseados na premissa falsa de que economia e política sejam coisas separadas e isoladas. (Sempre que esse pessoal vai prum lado, não tem erro: o certo está na direção contrária.)

Além disso, sem explicação aparente o “mercado” reage de pronto, elevando significativamente o dólar, sob a inércia do Banco Central de Roberto Campos.

Que nome dar a isso? A mim, me ocorre um: SABOTAGEM.

*Homero Fonseca é jornalista consagrado. Mora no Recife.

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