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Pesquisas Eleitorais

UMA SAUDADE E UMA TRISTEZA - Por Cristina Moraes


Uma cidade que foi líder em audiência por suas próprias notícias, uma linda história da radiofonia de Garanhuns e do Agreste Meridional, a pioneira, chegou em nosso município em 1951, a Rádio Difusora de Garanhuns,  trazendo os potentes microfones, levando a notícia para seus fiéis ouvintes, com isenção e credibilidade.

Fez da minha linda Garanhuns a sua importante fonte de informação, retirando da sua vida política e social o seu principal objetivo de trazer aquilo que era notícia daqui do município e da região, o seu arcabouço principal, sem dúvidas era trazer e mostrar aquilo que Garanhuns tem de melhor, principalmente os seus profissionais capacitados. 

Uma história que na década de 80, a minha Rádio Difusora de Garanhuns, recebeu outra marca, cujo nome passou a ser Rádio Jornal de Garanhuns, quando foi adquirida pelo empresário João Carlos Paes Mendonça e assim também tudo foi se modificando de forma a reduzir seu quadro de comunicadores, alguns por dispensa mesmo outros por motivo de doença, a exemplo do meu amigo querido Ariston Brito, que foi acometido por um AVC, que o retirou do microfone e nos faz muita falta, por sua maravilhosa forma de comunicar-se.

Depois a mudança para outro local, saindo do suntuoso prédio da Avenida Rui Barbosa, onde ali foi palco de muitas apresentações culturais e de programas memoráveis que eram a nossa companhia diária, com os seus comunicadores alegres e que nos passavam as informações com respeito ao ouvinte, além do auditório da rádio que ali se apresentavam talentosos e famosos artistas da minha linda Garanhuns, do Agreste Meridional  e do Brasil,  mas o rádio infelizmente, também mudou a sua forma de fazer comunicação, com o advento da internet.

Sem dúvidas, considero uma atrofia no fazer rádio por amor e por competência, o rádio hoje, são apenas os papagaios das notícias que já temos conhecimento em tempo real, por esta mesma internet e o pior, repetem as notícias à exaustão e se mudarmos de estação, pode ter certeza, ouviremos a mesma notícia requentada e ainda, nem se dão ao trabalho de eles mesmo fazerem a notícia, apenas colocam aquilo que é gravado pela rádio SEI de notícias.

Sei que rádio precisa de patrocinadores, mas para isto é preciso projetos que chamem atenção e assim tragam os anunciantes para assim dar continuidade e longevidade aos meios de comunicação, aqui tiro meu chapéu para àqueles que ainda fazem rádio com programações inovadoras e que falem da minha linda Garanhuns e divulguem aquilo que enobrece e eleva o nível da cidade, eu tive a grande satisfação de estar ao vivo no programa da Rádio Marano, que abriu espaço para que fosse divulgada Corrida e Caminhada Solidaria-2024 e agora em junho, divulgamos também o Concurso Literário Givaldo Calado de Freitas, através do amigo Carlos Eugenio e também ao vivo no Programa do Matuto sonhador, Gláucio Costa, o Arraiá de Gláucio Costa.

E como sempre tive a acolhida maravilhosa de Zezinho de Garanhuns, que mais uma vez abriu os microfones do seu maravilhoso programa Musicamp para que pudéssemos divulgar tão importante matéria cultural, algo que não consegui com a Tv Asa Branca, que  não nos deu espaço, algo pedido por diversas vezes via ferramenta disponibilizada por eles mesmos, o seu WhatsApp, nossa tristeza é ver que a má notícia da cidade é mais importante, pois quando a polícia Federal esteve na minha linda Garanhuns, de forma repentina, a manchete já estava no ar e assim foi notícia no mesmo dia, no ABTV.

Uma notícia que me deixa muito triste, ver a minha linda Garanhuns, sendo alvo de notícia deturpada, cheia de más intenções, mas a verdade liberta e assim está sendo desmentida, atualizada e mostrada realmente o que aconteceu.

Meu amado pai Cláudio Alves de Moraes, de saudosa memória e o meu tio Humberto Morais, vocês, que foram  atores dessa linda história do nosso rádio, indo in loco pegar informações, com o seu caderninho de anotações e depois os transcrever numa máquina de escrever, com muita verdade e credibilidade, devem estar muito tristes com tudo que se transformou a comunicação da nossa cidade, não temos mais espaço para divulgar aquilo que temos de bom, sem precisar de fazer estripulias, apenas sendo notícia, saindo do quanto pior melhor.

Viver, reviver e se indignar.

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