Para o show do artista (quinta, dia 26), que deve atrair um grande número de pessoas, a prefeitura montou um esquema especial.
Vai ter estacionamento para caravanas de ônibus no Geraldão, que fica um pouco distante do local do show.
Haverá um espaço, onde Roberto vai cantar, para que as pessoas possam levar cadeiras.
"É que a maior parte do público dele é formada por idosos", explicou o secretário de Turismo do Recife, Antônio Coelho.
RECIFE EM SUA VIDA
Pouca gente sabe, mas Roberto tem uma relação de afeto com o Recife.
O primeiro show de sua carreira fora do eixo Rio-São Paulo, foi na capital pernambucana, quando viajou de avião pela primeira vez.
Embora fosse um desconhecido (início dos anos 60) o cantor agradou.
Foi contratado para uma apresentação, no Clube Internacional, e como o pessoal gostou terminou fazendo outro show, no Clube Náutico.
Na verdade Roberto só se tornou o ídolo de massas que conhecemos a partir de 1965, com o sucesso retumbante de "Quero Que Vá Tudo Pra o Inferno".
Antes disso, foi recusado em praticamente todas as gravadoras do país, seus primeiros discos não venderam nada e ninguém o convidava para shows.
Começou imitando João Gilberto, foi esnobado pela turma da Bossa Nova e após 9 meses perdeu o emprego na boate Plaza.
Ficou tão por baixo que só não voltou para Cachoeiro de Itapemirim, cidade natal, porque seus pais resolveram morar no Rio de Janeiro.
Roberto não passou necessidade, como Belchior e Zé Ramalho, porque na então capital federal morava na casa de uma tia.
*As informações que deram base para este texto podem ser conferidas nos livros do escritor Paulo César Araújo.
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