A Polícia Federal prendeu na manhã deste domingo, 24, o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil), seu irmão Domingos (conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro) e Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil carioca. Eles são suspeitos de mandar matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes.
O crime foi cometido em 2018, com vários tiros sendo disparados. Repercutiu no Brasil e exterior. Somente agora, seis anos depois, o duplo assassinato está sendo completamente esclarecido.
A polícia chegou aos três nomes depois da delação premiada de Ronnie Lessa, ex-policial militar, acusado de ser o executor dos disparos que alvejaram Marielle e Anderson. Em depoimento, o comparsa de Élcio Queiroz - que, segundo a investigação dirigia o carro usado no crime - citou o deputado Chiquinho Brazão, o que motivou a remessa do caso para o STF.
Os irmãos Brazão fizeram campanha para Jair Bolsonaro, em 2018, e é fácil encontrar na internet fotos do ex-presidente com o deputado e o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro.
Quanto ao delegado Rivaldo Barbosa, foi nomeado para dirigir a Polícia Civil do Rio de Janeiro quando o general Braga Neto era interventor no Estado.
A imprensa do Sudeste divulgou que Barbosa recebeu propina no valor de R$ 400 mil para "travar" as investigações sobre o assassinato de Marielle. Esse é o motivo de sua prisão, junto com os mandantes.
Braga Neto foi ministro da Casa Civil, no governo Bolsonaro e candidato a vice-presidente na chapa do capitão, na eleição de 2022.
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