Em 2013 a jornalista Daniela Arbex lançou o livro "Holocausto Brasileiro".
A obra, que causou muito impacto, desde que foi publicada, conta a história do Hospital Colônia de Barbacena, em Minas Gerais, que funcionou de 1903 a 1980.
Na unidade de saúde para tratamento de pessoas com problemas mentais ninguém ficava curado, mas milhares perderam a vida.
Morriam por maus tratos, de fome, de frio, por conta de erro ou exagero na medicação (além dos eletrochoques).
No hospital de Barbacena, administrado pelo estado, 60 mil pessoas perderam a vida
O livro de Daniela Arbex deu origem a um documentário, que estreou na Netflix o mês passado.
Muita gente ainda não viu. Mesmo que chocante, apesar de emocionar, em diversos momentos, é necessário, eu diria mesmo imperdível.
É um capítulo da história do Brasil desconhecido por milhões, que saiu de "debaixo do tapete" quando a jornalista pesquisou, entrevistou personagens, conseguiu fotos e mostrou os crimes praticados em Minas Gerais.
Dos internados no Hospital Colônia, muitos não tinham problemas psíquico algum. Eram perseguidos políticos, mães solteiras abandonadas pelas famílias, crianças com deficiência jogadas pelos pais no depósito de Minas Gerais.
O que foi escrito aqui e as duas fotos que ilustram a matéria dão apenas uma ideia do que mostra o livro e o filme.
É preciso ler a obra de Daniela Arbex e assistir o documentário para ter mais informações e refletir até que ponto chega o ser humano no trato com seus semelhantes.
O estado, pais, médicos, funcionários, todos os citados foram cruéis, sádicos, desumanos e permitiram que no Brasil, durante anos, fosse praticado esse holocausto nacional.
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