Quatro anos atrás um rapaz chamado Acácio Pereira foi ao velório de José Reis de Souza, de 64 anos, morto a tiros numa chácara, do Norte de Tocantins. Ele acompanhou o enterro, ficou ao lado do corpo e até chorou.
Depois a polícia descobriu ser o Acácio o assassino de José Reis.
Na verdade histórias como essa se houve em todo lugar, algumas antigas, outras recentes.
Nunca, porém, se viu tanto sangue frio de um criminoso quanto agora, quando da prisão dos envolvidos na morte da vereadora Marielle Franco.
O delegado Rivaldo Barbosa assumiu a chefia da Polícia Civil do Rio de Janeiro no dia 13 de março de 2018, mesmo ano em que ocorreu o crime no estado do Tocantins.
No dia 14 de março daquela ano, um dia depois da posse do novo chefe de polícia, Marielle foi executada com cinco tiros na cabeça, juntamente com o motorista Anderson Gomes.
O delegado visitou os familiares de Marielle, consolou a mãe, irmã e viúva e fez discursos prometendo desvendar o crime.
Somente neste domingo, seis anos depois, o Rio de Janeiro e o Brasil ficaram sabendo que Rivaldo Barbosa planejou o roteiro para que dois ex-policiais executassem a vereadora.
Além de articular o crime, juntamente com os irmãos Brazão, também presos, recebeu propina e travou as investigações.
Além de delegado, Barbosa era professor de direito na Faculdade Estácio de Sá, que já o demitiu.
É um bandido pior do que o Acácio, do Tocantins, pois primeiro não tinha poder nenhum, enquanto o policial tinha poder no estado, tendo usado este para matar e apagar os rastros de um crime bárbaro.
O Brasil ficou estarrecido, ontem, ao ver imagens do delegado Rivaldo na televisão. Frio, com postura de homem sério, falando em combate à corrupção.
Quantos como ele estão por aí? Enganando as pessoas, as famílias, aparecendo na TV, na mídia, como heróis?
Esse delegado do caso, nada mais é do que um puxa-saco de político, fazendo nada além de servir marginais eleitos pelo povo usando seu cargo. Para isso que o Estado Brasileiro foi feito do jeito que foi feito e para isso as leis são feitas no Brasil. O que me surpreende á a surpresa generalizada!
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