A saída de Silvério Pessoa do Governo Raquel Lyra, pode ser motivada por irregularidades praticadas na Fundarpe, com a qual o artista não concordou. O jornalista Magno Martins apurou que a dispensa de integrantes de sua confiança, na última sexta-feira, desagradaram o músico. "Esses servidores tomaram conhecimento das suas saídas pelo Diário Oficial, sem nenhum aviso ou concordância prévia", escreveu.
O repórter acrescentou que os servidores foram afastados por discordar de procedimentos irregulares realizados pela Fundarpe e Casa Civil, nas contratações artísticas firmadas pelo governo de Raquel Lyra (PSDB). "Há informações também de que vários outros servidores da Secretaria de Cultura já solicitaram suas demissões, diante de tamanha interferência da Casa Civil e da Fundarpe nas rotinas internas da Pasta", completou o jornalista.
Fontes que passaram informações a Magno, garantem que há um poder paralelo instituído na Casa Civil, na Fundarpe e na Empetur, para direcionamento político dos recursos públicos destinados ao fomento da Cultura no Estado. Segundo a reportagem assinada pelo blogueiro recifense, o Estado contrata de forma inadequada, para prestigiar apenas os artistas e políticos apadrinhados pela governadora, deixando de fora muitos artistas pernambucanos que sofrem há décadas com baixos cachês e, como se não bastasse, a grande maioria que fica de fora dos eventos promovidos pela gestão.
"Os responsáveis pela realização do São João de Caruaru, quando a então governadora era a prefeita da cidade, agora comandam, de modo informal e manipulado, toda a estrutura paralela de poder que cuida da distribuição dos recursos públicos para premiar os amigos do governo. Um gerente da Casa Civil comanda informalmente todo o processo das contratações artísticas no estado. Não há nenhum grupo formal instituído pela governadora", relata Martins.
O jornalista prossegue:
"Por coincidência ou não, toda essa crise acontece justamente quando o Ministério da Cultura acaba de depositar, em conta específica da Secretaria da Cultura, os recursos para implementação da Lei Paulo Gustavo, no valor de 100 milhões de reais, a serem executados até o final deste ano. É muito dinheiro para ser gasto em tão pouco tempo.
"Há informações também de que as irregularidades da Fundarpe e Casa Civil já estão sendo investigadas pelo Tribunal de Contas do Estado – TCE e pelo Ministério Público do Estado de Pernambuco – MPPE. O governo de Raquel Lyra não apresenta nada de novo e mergulha no caos em várias áreas da gestão, educação, segurança e saúde. Agora sobrou para cultura".
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