Estamos no mês de março, que simboliza muito para mim a falta que o meu pai me faz.
Foi em março, que o meu pai, Cláudio Alves de Moraes, me deixou, depois de um período internado no Hospital Neurológico do Recife. No dia 14 de março de 1982 meu pai faleceu.
Uma falta física que passe o tempo que passar não será preenchida esta lacuna, para tanto, vamos vivendo um dia de cada vez e nesta nossa caminhada precisamos encontrar um sentido para a nossa vida.
E escrever, algo que hoje é a minha razão de viver e dela faço com muito amor, onde diariamente me disponho a fazer uma crônica, com os temas de auto ajuda, sobre a minha linda Garanhuns e sobre algo ou alguém.
Então, neste mês de março, resolvi transformar a minha tristeza em satisfação e reconhecimento por algumas pessoas que bem representam a nação feminina, pois o mês de março é o nosso mês, o mês da mulher.
Quando foi instituído o Dia Internacional da Mulher, uma data comemorativa que foi oficializada pela Organização das Nações Unidas na década de 1970.
E a data que simboliza a luta histórica das mulheres, é 08 de março, uma luta para terem suas condições de trabalho equiparadas às dos homens.
Quando no início, a data remetia à reivindicação por igualdade salarial, mas tornou-se a luta das mulheres não apenas contra a desigualdade salarial, mas também contra o machismo e a violência.
Então, começarei homenageando uma mulher simples, mas que é a mais importante da minha vida, o meu cristalzinho que infelizmente hoje, em suas condições vitais, nada entende, nada sabe, é mais uma vítima do mal do alzeimer, ao menos sabe quem sou eu, mas para mim basta saber quem é IVONE NARCISO DE MORAES.
Mulher forte, guerreira, que fazia de tudo para que nada faltasse para a sua família, que ainda lembro, das suas maravilhosa habilidades culinárias, confeitava bolos, fazia tapioca, cocada e pastéis para vender.
E era uma habilidosa artesã, fazia lindas flores e arranjos, que nesta época do ano, recebia muitas encomendas, eram flores, brincos, rosas e tiaras, buquês de casamento, tudo feito, à base de tecido,
E como muitas mães de sua época era a dona de casa e também se desvelava em outras muitas atividades, entre elas e de alfabetizar.
Nossa mãe foi a nossa primeira professora, a nossa alfabetizadora, pois eu meus irmãos, já saíamos de casa, sabendo ler.
Dona Ivone nos carregou no colo, foi a mãe dedicada, cuidou das suas 05 joias raras: Danilo, Hélio, Cristina, Marcos e a pontinha de rama Sandra.
Cada um dos seus cinco filhos, traz um pouco da sua característica de muita garra e determinação, onde me reporto aquela frase que diz “fazer do limão uma limonada”, nunca se deixou levar pelas dificuldades que a vida lhe impôs.
Ficou viúva ainda muito jovem, mas nunca pensou em ter um novo relacionamento, ela se preservou e sempre dizia, já tenho vocês, meus filhos que me completam e de fato, foi a mulher de um único amor, o nosso pai e seu marido: Cláudio Alves de Moraes.
Com o passar dos anos, a máquina do corpo vai se transformando, os passos tornam-se lentos e a memória também deixa de ter as suas funções normais, mas continuas o nosso elo maior, o elo da sustentação familiar, o nosso pilar, a nossa referência de sermos uma linda e unida família.
A você, mulher destemida e cheia de muitos valores morais e éticos que tanto me ensinou, parabéns por ser o meu exemplo de vida e a minha inspiração para dar início as homenagens desse mês dedicado às mulheres do mundo todo.
Quinta-feira, 2 de março, a homenageada foi uma mulher que se destacou como das maiores e melhores primeiras damas da minha linda Garanhuns.
Bom, ao longo desses mais de 200 anos da história político administrativo, pelo Palácio Celso Galvão já passaram centenas de mulheres que assumiram esse importante cargo.
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