Em pronunciamento na Câmara Municipal de Garanhuns, nesta terça (21), o vereador Luizinho Roldão (PSB) criticou quem faz uso político da religião para angariar votos. Para o socialista, as autoridades não devem ser misturar, padres, pastores e fiéis não devem ser utilizados como cabos eleitorais ou massa de manobra.
A crítica foi direcionada ao vereador bolsonarista Thiago Paes, que na opinião do líder do Governo Municipal tão logo foi para a oposição tentou jogar pastores da cidade contra o prefeito Sivaldo Albino, ao apresentar no Legislativo um projeto contendo ilegalidades, que foi vetado pelo Chefe do Executivo.
Luizinho disse que além da Lei Estadual considerando as igrejas atividades essenciais, um projeto foi enviado à Câmara pelo prefeito Sivaldo Albino ratificando o que foi decidido por pelo governador de Pernambuco e ainda ampliando os direitos dos religiosos na zona rural e distritos de Garanhuns.
"Legislar apoiando as religiões sim, mas dentro da Lei e sem fazer isso como moeda de troca, à cata de votos", comentou Roldão.
No seu discurso na Câmara ele fez uma revelação interessante: na sua campanha de vereador não pediu voto em nenhuma igreja. Mesmo tendo sido convidado por alguns pastores para comparecer aos templos, durante a campanha, não compareceu a atos que tivessem cunho político.
Mesmo assim, foi o vereador mais votado do PSB na eleição de 2020, uma prova de que política pode ser feita também com ética e coerência. "Política se faz com trabalho, prestação de serviço e atenção com as pessoas, que a meu ver devem ser visitadas em qualquer tempo, não precisa de campanha pra isso", ressaltou Luizinho Roldão.
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