Por Cristina Moraes
Temos talentos espalhados por todo o País e uma grande parte dessas celebridades são exportadas da região do nordeste brasileiro.
Somos ricos de artistas que se notabilizam por seus maravilhosos dons artísticos que nos representam, orgulham e envaidecem o coração de um povo tão discriminado pela ignorância de quem não conhece a linda história do Nordeste brasileiro.
Seu povo, sua cultura, suas lutas, a ancestralidade, legados de uma história que se firma por cada filho bem sucedido em qualquer área que atue.
E o nosso Mourinha do Forró, puro nordestino, filho de dona Sirene, parteira muito conhecida na cidade de Correntes-PE., e do tenente Mário Moura, da Polícia Militar de Pernambuco.
Casado com Rute Castro, com quem teve um filho, o artista mirim, Mourinha Júnior e é pai também de Anaalyne que mora na Alemanha e Jéssica que mora em São Paulo, frutos do seu primeiro casamento e é avô de três netos: Breno, Gabriel e Geovana.
Apesar de não ser filho de Garanhuns, mas é filho legítimo da cidade de Correntes e adotou Garanhuns para ser sua cidade do coração, desde 2002.
Ainda criança já apreciava as músicas de: Luiz Lua Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Trio Nordestino, Jorge de Altinho e Alcimar Monteiro.
Nascendo daí a grande paixão pela música nordestina e pedia a sua mãe, para comprar os discos de Luiz Gonzaga, faltando as aulas na escola para aprender as músicas, com um amigo do seu pai Antônio Pastora, que era também afinador de fole.
Aos 13 anos de idade, começou a participar de shows de calouros em Correntes e aos 18 anos, montou o seu primeiro trio de forró: Mourinha e o trio, que se apresentavam nos sítios, à luz de candeeiro e forrós de latada, cobravam cotas, se apresentavam também em batizados, casamentos, showmícios nas zonas rurais.
Morou por 22 anos em São Paulo, onde trabalhava em fábricas e nas noites fazia apresentações, depois, morou um ano no Rio de Janeiro, numa trajetória de muita luta e garra, onde fez uma turnê de shows.
Teve a oportunidade de se apresentar em diversos programas do sul e sudeste do Brasil, entre eles se apresentou no Superpop, Otaviano Costa, Mulheres, Ratinho, Silvia Popovic, Amigos do Forró, Super Positivo e Sérgio Malandro.
Mas resolveu retornar para o seu rincão, o seu Nordeste querido, daí tendo a consolidação da sua carreira profissional, com mérito e o reconhecimento, cantando o legítimo forró de pé de serra.
Numa linda consagração do seu nome, gravou ao lado de grandes nomes da música nacional, entre eles: Santana, Petrúcio Amorim, Zezinho de Garanhuns, Dominguinhos, Zé Duarte, Genaro do Trio Nordestino, Jorge de Altinho e Alcimar Monteiro.
Mourinha do Forró, sempre teve a sua participação carimbada nos eventos sazonais de minha linda Garanhuns, como o Festival Viva Dominguinhos e o Festival de Inverno de Garanhuns.
E nesta linda trajetória, foi convidado pelo cineasta Breno Silveira, pela Conspiração Filmes, do Rio de Janeiro, para fazer um teste para protagonizar o filme do rei do Baião, Luiz Lua Gonzaga, mas ficou só no teste mesmo.
Mourinha do Forró tem uma linda galeria de sucessos que conta com 28 cds gravados e dois DVDs e ainda fez o tributo aos 100 anos de Luiz Lua Gonzaga.
Uma linda história de muito empenho, força de vontade e trabalho para se tornar esse grande cantor, que não apenas interpreta as músicas, mas compõe também, na verdade é um artista completo.
E diante do seu sucesso e talento a Câmara de Vereadores de Garanhuns lhe fez uma homenagem, lhe concedendo votos de aplausos através da propositura da então vereadora Andréa Nunes.
Mourinha do Forró, este ano de 2021, estará completando 30 anos de uma carreira consolidada e reconhecida.
Que em época normal, pois estamos em plenas festas juninas, estaria com a sua agenda cheia, mas na pandemia, teve que se render e se reinventar a apresentação remota e estará fazendo uma live no dia 26.06.2021, às 20:30 horas, que será transmitida pelas plataformas digitais: Facebook no seu canal do YouTube.
E cantará a música que fez com a sua inspiração divina, intitulada: “Mais um ano sem São João”, pelo momento que estamos vivendo.
Nossos artistas, nossos
patrimônios culturais.
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