Por Altamir Pinheiro
Laura Moreira Braga, mãe de Roberto Carlos, popularmente conhecida como Lady Laura, era uma pessoa discreta, modesta, além de muito religiosa. Há quem diga que ela pertencia a doutrina religiosa Testemunha de Jeová. Bem, se ela foi testemunha de jeová ou uma católica fervorosa, pouco importa. O que se sabia é que sempre foi uma pessoa imensamente católica, quando se afirma que era devota de Nossa Senhora de Fátima e também de São Judas Tadeu. A capixaba morreu no dia 17 de abril de 2010, aos 96 anos, no Hospital Copa D’ Or, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, às 18h20 daquele sábado. No atestado de óbito constam como causas: choque séptico e insuficiência respiratória aguda, decorrentes de pneumonia bacteriana e agravados por insuficiência renal crônica, insuficiência coronariana e arritmia cardíaca.
Entre tantas as mulheres de Roberto Carlos, há uma que é a mulher mais importante da vida dele que foi sua mãe, claro!!! Mas ele tem muitas, TEREZA DA PRAIA, uma das tantas mulheres cantadas por Tom Jobim que fez parte do repertório do rei. AMÉLIA, uma das mais conhecidas da MPB, mais um clássico que passou pela voz dele. No ano de 1967, a AMÉLIA de Ataulpho Alves e Mário Lago também foi citada por Roberto Carlos, e até uma gordinha, outra baixinha, àquela de óculos e a mulher de 40. Em sua vida também apareceu CANDINHA, uma fofoqueira que vive a depreciá-lo por seu estilo bem jovem-guardista. Ela simbolizou a ironia de Roberto com a imprensa que tanto enchia seu saco e os integrantes da Jovem Guarda. uma mulher digna do deboche e dos protestos de Roberto Carlos.
Na verdade, conforme nos conta Vinícius Faustini, fã incondicional do rei, houve várias personagens femininas em suas canções: como a presença nova de MARIA. Mas, em vez do carnaval e das cinzas pelas quais ela passou na música de Luís Carlos Paraná, hoje ela é personagem de uma história da carochinha contada nos moldes da Bossa Nova por Roberto e Carlos Imperial. E depois lá vem ANA que é o nome de uma de suas filhas, Ana Paula, filha do primeiro casamento de Nice que Roberto assumiu. E teve mais, AMAPOLA, ROSITA, MÍRIAM e ultimamente MARIA RITA. em 1962, bem antes dele parar na contramão, levar tapa na história do Splish Splash ou trocar um Cadillac por um calhambeque, ele foi de lambreta atrás de um broto displicente que se chamava SUSIE.
A canção “LADY LAURA”, composta pelo rei há 45 anos, em momento de solidão num hotel de Nova York, se tornou uma das que mais fazem sucesso fora do Brasil. O filho também homenageou a mãe em seus iates. No início dos anos 80, após o lançamento da música, o cantor batizou sua embarcação de Lady Laura. Em sua longa carreira, Roberto Carlos gravou outras canções para sua família – Para o seu pai Robertino Braga, Meu Querido, Meu Velho, Meu Amigo, e uma tia, Titia Amélia – No entanto, Lady Laura se tornou a mais conhecida de todas elas. Sua mãe foi uma baita incentivadora da carreira do filho e acompanhou a trajetória vitoriosa do cantor e compositor até a sua morte. Em um dos versos da composição ele canta: Tenho às vezes vontade/ De ser novamente um menino/ Muito embora você sempre ache/ Que eu ainda sou...
A crítica de música Ana Clara Brant, nos informa que, na gravação da música, em 1978, Roberto chegou a chorar no estúdio, e a música foi repetida várias vezes. Mesmo sendo um hit, em mais de 40 anos, a canção só foi gravada mais uma vez – pela banda de rock RC NA VEIA, de Dudu Braga, filho do Rei. “Fizemos até uma versão metal de Lady Laura, e o paizão gostou. declarou Dudu. A banda mineira Muamba, de Juiz de Fora, tornou-se responsável pelo TERCEIRO registro de Lady Laura, para a qual deu ritmo pop. “A gente não só conseguiu que ele (Roberto Carlos) liberasse a gravação, mas agora ele também autorizou o clipe. E não cobrou pelos direitos autorais. Esse processo levou quase um ano, mas foi uma honra ter essa permissão e saber que o Roberto aprovou a nossa versão”, afirma o vocalista da banda.
É inegável a importância que
a senhora Laura Moreira Braga, conhecida
nacionalmente como “Lady Laura”, teve na vida do rei Roberto Carlos. Casada com
o relojoeiro Robertino Braga, trabalhou muitos anos como costureira e morava em
Mimoso com o marido. Alguns anos depois de casados e já com três filhos, o
casal se mudou para Cachoeiro de Itapemirim, também no Espírito Santo, onde
nasceu Roberto Carlos, o último filho do casal. Laura teve quatro filhos:
Roberto Carlos, Lauro Roberto, Carlos Alberto e Norma. Ela tocava violão na
adolescência. Foi ela quem, em 1954, matriculou seu caçula, Roberto Carlos, no
Conservatório de Música de Cachoeiro, onde o garoto aprendeu seus primeiros
acordes musicais. Ela queria que ele fosse médico, mas ele com apenas 9 anos,
já cantava nas rádios capixabas e decidiu ser cantor para no futuro se tornar
em um expoente da música romântica brasileira que brilha há 80 anos.
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