A morte do pequeno Miguel
Santana Silva, que caiu do nono andar de um prédio de luxo, no Recife,
repercute nacionalmente e até no exterior, porque já tem gente associando o
caso ao racismo que está levando os americanos a protestar nas ruas.
Está nos principais sites de
notícias, foi destaque ontem no Jornal Nacional da Globo e hoje foi publicada
uma reportagem na BBC de Londres, que tem sucursal também no Brasil.
Miguel era filho da empregada
doméstica Mirtes Renata. Esta trabalhava para o casal Jorge Hacker e Sarita
Corte Real.
Ele é prefeito de Tamandaré,
no litoral sul de Pernambuco, mas tem apartamento na capital.
Na terça-feira, a patroa
Sarita mandou Mirtes passear com os cachorros e ficou com Miguel, o filho da
empregada.
O menino chorou, sentindo a
falta da mãe, então a primeira dama de Tamandaré foi e colocou a criança
sozinha, no elevador.
Aí ocorreu a tragédia. Em vez
de ir ao térreo, ao encontro de Mirtes, Miguelzinho foi para o alto, saiu do
elevador e caiu de uma altura de 35 metros. Morreu no hospital.
Sarita Corte Real chegou a
ser presa, acusada pela polícia de homicídio doloso (sem a intenção de matar),
mas ao pagar uma fiança de R$ 20 mil foi liberada.
Vai responder ao processo em
liberdade.
Na internet o caso está sendo
exaustivamente discutido e o que mais se pergunta é o seguinte: Se tivesse sido
o contrário, se o filho da patroa tivesse morrido por desleixo da empregada,
Mirtes estaria sendo poupada por parte da imprensa e teria sido solta?
Para muitos, o caso escancara
o preconceito de cor e mostra que as empregadas domésticas continuam sendo
tratadas como escravas.
Mirtes foi cuidar dos
cachorros dos patrões e perdeu o filho. Será que na cabeça de Sarita os animais
são mais importantes de que a vida de uma criança negra?
A vagabundagem esperando um cadáver negro para chamar de seu e poder roubar as lojas à vontade!
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