Deputada Gleide Ângelo, que
preside a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Alepe,
sublinhou que o Brasil ocupa o quinto lugar no ranking mundial de feminicídios,
de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU). E destacou que, em
Pernambuco, 33 mil mulheres registraram boletim de ocorrência relatando
agressões em 2017 e 39 mil, em 2018. Nesses períodos, houve, respectivamente,
cinco mil e sete mil medidas protetivas deferidas pela Justiça.
“Isso significa que as
mulheres estão acreditando na polícia e na Justiça e estão buscando proteção. A
gente está comemorando sobreviventes, mulheres que foram salvas porque existe
essa lei”, reiterou. Gleide Ângelo defendeu, ainda, ações que garantam mais
igualdade de gênero na política e no mercado de trabalho e deem condições
financeiras e psicológicas para assegurar a independência daquelas que sofrem
agressões.
“Vocês não têm noção
do que é uma mulher chegar toda ‘quebrada’ na delegacia, olhar para você e
dizer: ‘Eu vou para onde quando sair? Vou comer o quê? Eu não tenho emprego’”,
relatou. “A gente só vai mudar essa realidade se pensar e fizer políticas públicas
para as mulheres, para as nossas filhas, nossas netas, a fim de que se tenha
uma sociedade justa e equilibrada”, afirmou.
Em aparte, a deputada Roberta
Arraes (PP) destacou a campanha Agosto Lilás, de combate à violência contra
a mulher, e apontou a necessidade de criação de mais
delegacias para o segmento no
Estado. “Maria da Penha foi agredida pelo marido e infelizmente ficou
paraplégica. Mas a sua deficiência fez com que ela se tornasse uma mulher forte
e pudesse encorajar todas nós nessa luta”, enfatizou.
Titular do mandato coletivo Juntas (PSOL), Jô Cavalcanti considera a Lei Maria da
Penha um “divisor de águas”. “Vem crescendo essa coragem das mulheres de
denunciar as agressões que sofrem dentro de casa. Às vezes, o agressor é um
companheiro com quem ela vive há 10, 20 ou 30 anos. Então a norma é muito
importante para que haja punição”, avaliou.
Doriel Barros (PT) exaltou a Marcha das Margaridas,
manifestação realizada por mulheres trabalhadoras rurais do Brasil, que,
segundo ele, deve reunir 70 mil pessoas em Brasília na próxima semana. “O
movimento sindical rural há muito tempo discute o empoderamento feminino e faz
um trabalho de encorajamento. Esta é uma luta de todos aqueles que defendem um
país melhor, com igualdade de participação entre homens e mulheres”, agregou.
Para Isaltino Nascimento (PSB), em que
pesem os avanços legislativos, o Brasil ainda é “desigual, machista, sexista e
LGBTfóbico”. “As conquistas que a Maria da Penha vem trazendo são muito
importantes. Foi preciso fazer uma lei para muita gente entender que o machismo
não tem lugar, não tem sentido de ser”, acredita. (Da Assessoria de Imprensa da Alepe).
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