A Copa do Mundo 2018 começou
bem. A Rússia, anfitriã do torneio, surpreendeu os próprios torcedores e
aplicou a maior goleada numa estreia de Campeonato Mundial de Futebol: 5 x 0.
A
Arábia Saudita só assistiu o adversário jogar.
Foram gols bonitos, o time
russo chega rápido pelos lados, tem jogadores altos que cabeceiam bem e, apesar
de visíveis deficiências técnicas, animada pela vitória no primeiro jogo e
apoiada pela torcida pode passar da primeira fase e mais na frente se tornar um
adversário difícil.
Para ser campeão, no entanto, o time russo
precisa melhorar muito.
Seleção do Uruguai foi muito
melhor do que a do Egito. Pressionou, teve chances e no finalzinho do jogo foi
premiada com um gol de cabeça, na base da raça e da vontade.
França jogou hoje pela manhã
e ficou devendo uma melhor exibição. Venceu o time da Austrália por 2 x 1, mas
caso não melhore terá grandes dificuldades pela frente, talvez contra o
próprio Uruguai.
Vistoso foi o futebol
apresentado pela Espanha, que foi muito melhor do que Portugal, poderia ter
vencido até por mais de um gol de diferença, porém saiu frustrada com o empate
de 3 x 3, graças ao talento de Cristiano Ronaldo, que marcou três vezes e a uma
falha feia do goleiro espanhou, que tomou o primeiro frango da Copa.
Não assisti Irã e Marrocos.
Mas os comentaristas da TV disseram que a seleção africana foi bem superior.
Como nem sempre vence o melhor, terminou perdendo por 1 x 0. Os dois times são
meros coadjuvantes.
Pela primeira vez numa Copa
do Mundo se usou a tecnologia para definição de lances. No jogo França versus
Austrália se precisou duas vezes do árbitro de vídeo para a palavra final do
juiz. Primeiro, quando da marcação de um pênalti; segundo num chute que bateu
na trave, a bola entrou além da marca, pegou efeito e saiu. Foi gol e quando da
repetição do lance isso ficou claro.
Sem o uso da tecnologia dois
erros determinantes poderiam ser cometidos.
E na Copa da Rússia o Brasil
faz feio com Galvão Bueno: ao narrar o jogo entre Rússia e Arábia Saudita, o
global defendeu a conhecida “Lei de Gerson”, a mania de brasileiro de levar
vantagem em tudo.
É que um atacante russo ao
saber que estava impedido imediatamente parava, não fazendo nenhuma tentativa
de burlar o árbitro.
Galvão criticou: “Ele devia
insistir, vai ver que o juiz não vê!”. Um jornal de circulação nacional publicou
uma nota condenando a atitude do apresentador, por defender uma atitude
desonesta do atleta.
Nas redes sociais muitos
bombardearam o principal locutor brasileiro na Copa. “Isso é típico dele”,
chegou a escrever um internauta.
Mais tarde tem a estreia da
Argentina, a Alemanha também ainda vai jogar sua primeira partida e amanhã o
Brasil enfrenta a Suíça.
Dizem que eles tocam bem a
bola e não tomam muitos gols. Vamos ver se aguentam Neymar e CIA. A seleção
nacional é favorita e se vencer bem amanhã o país esquece por algumas horas
seus muitos problemas e vai festejar nas ruas.
Só mais dois pequenos detalhes:
O Brasil, que é melhor de que a Suíça no futebol, teve quase 60 mil
assassinatos em 2017, enquanto o país europeu registrou apenas 45. Uma
diferença gritante, mesmo levando em consideração que temos uma população bem maior.
Numa avaliação com 76 países, o
nosso país ocupa a 60ª posição no campo da educação. A Suíça ficou entre os
sete melhores.
Olhando a coisa por esse
ângulo nós vamos entrar em campo perdendo de 2 x 0.
Galvão Bueno, porém, com sua
filosofia de “vale tudo”, certamente dirá que o mais importante é “bola na rede”.
Uma boa Copa do Mundo para os
amigos (as) leitores (as).
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