O povo não está totalmente passivo, como alguns pensam.
Nesta
terça-feira, 31 de outubro, em São Paulo, 10 mil trabalhadores ligados ao MTST
pararam a maior cidade do Brasil e obrigaram os governos Temer e Alckmin a
negociar.
Os
governantes se comprometeram a retomar 35 mil contratações do programa “Minha
Casa, Minha Vida”, assegurando a construção de milhares de moradias para
famílias com renda de até R$ 1.800,00.
Liderados
pelo Movimento Sem Teto os trabalhadores ocuparam o escritório da presidência
da República, na Avenida Paulista, durante 22 dias, numa mobilização que forçou o recuo dos governos do Estado e Federal.
Foi um movimento histórico, com milhares de trabalhadores acampados em São Bernardo do Campo e protestando nas ruas da capital.
Houve a proibição de um show de Caetano Veloso para atender os interesses do prefeito
tucano de São Bernardo do Campo, além de uma jogada de marketing do vereador
Eduardo Suplicy (PT), que por solidariedade ao MTST dormiu a noite passada no
acampamento dos Sem Teto.
O fato dos
governos paulista e brasileiro ter cedido ao MTST, liderado por Guilherme
Boulos - que ganhou espaço até na grande mídia -, mereceu críticas do jornalista
Reinaldo Azevedo, que vê a vitória dos Sem Teto como um perigoso avanço da
esquerda.
*Na foto do alto, da Rede Brasil, os Sem Teto na Avenida Paulista. A segunda imagem, do jornal O Globo, mostra os trabalhadores próximos ao Palácio Bandeirantes, sede do Governo de São Paulo.
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