"O
jornalismo de guerra promovido contra mim e o presidente Lula é a prova de que a
escalada autoritária contaminou radicalmente os formadores de opinião pública,
como Merval Pereira, que sugere, no Globo, a minha prisão.
A
cobertura das Organizações Globo, defendendo o justiçamento de adversários
políticos, quer substituir o Judiciário e todas as demais instâncias operadoras
do Direito, pelo escândalo midiático. Julgam e condenam.
Buscam
se constituir numa espécie de poder judiciário paralelo sem as garantias da
Justiça, base do Estado Democrático de Direito. Fazem, assim, verdadeiros
linchamentos, tentando destruir a biografia e a imagem de cidadãos e cidadãs.
Nesse processo, julgam sem toga e promulgam sentenças sem direito de defesa.
Ferem
de morte a liberdade de imprensa pois não respeitam a diversidade de opinião e
a justiça. Selecionam alvos e minimizam malfeitos. Seu único objetivo é o maior
controle oligopólico dos meios de comunicação, para impor um pensamento único:
o seu.
Em
outros tempos, em outros países, tais práticas resultaram na perseguição
política e na destruição da democracia levando à escalada da violência e do
fascismo.
Não
adianta a intimidação. Não vou me curvar diante dessas ameaças e muito menos do
jornalismo de guerra praticado pela Globo. Nem a tortura me amedrontou.
Repito
o que tenho dito, dentro e fora do país: o Golpe de 2016 não acabou. Está em
andamento. Não foi contra o meu governo, apenas. Foi contra o povo brasileiro e
o Brasil. Está sendo executado todos os dias pela Globo, pelo governo golpista
e todos que tentam desesperadamente consolidar o Estado de Exceção e a
destruição de direitos.
Não
vão me calar!"
Dilma Rousseff
*Foto: Brasil Atual.
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