Por Altamir Pinheiro
O ator norte-americano de origem
lituana, Charles Dennis Buchinsky, foi um intérprete que falava
através da sua atuação com aquela maneira fria e serena em cada cena que
interpretava ou representava. Ou seja, era um ator frio e calculista. Charles Bronson
é considerado um dos maiores ícones de Hollywood dos filmes policiais e
do velho oeste, muitos deles caracterizados por violência excessiva e louvor à
vingança. Interpretou muitas vezes ou quase sempre o bordão ou molde
daquele herói durão e de sangue frio, inclemente contra os
“CRIMINOSOS”...
Com a conhecida carreira rica em westerns e policiais, acabou
se transformando em um autêntico justiceiro vingativo da violenta e
controversa série "DESEJO DE MATAR". Foi nesta
série de muito sucesso que Bronson chegou ao estrelato aos 53 anos, quando
interpreta pela primeira vez o papel de PAUL KERSEY, um arquiteto que tem a
mulher assassinada e a filha violentada. Inconformado pelos responsáveis não
terem sido presos, vira um justiceiro e sai matando criminosos em Nova York às
dezenas. O “CARA DURÃO” se autodescreveu em uma das poucas
entrevistas concedidas ao completar 80 anos da seguinte maneira: “TENHO A
APARÊNCIA DE UMA PEDREIRA, ONDE EXPLODIU UMA CARGA DE DINAMITE". Bronson
sofria de Mal de Alzheimer e morreu no ano de 2003, aos 81 anos de idade
em consequência de uma pneumonia.
O feioso e durão Charles Bronson. "o homem de poucas
palavras e muita ação", como afirma o cinéfilo Darci Fonseca, na vida real foi motorista de caminhão pelo
exército americano durante a 2ª Guerra Mundial; na carreira do ator teve seu
devido reconhecimento com uma estrela na calçada da fama, além de um Globo de
Ouro em 1972, ao lado de Sean Connery. Até antes de morrer, Bronson era o
quarto ator mais lucrativo do mercado americano, atrás somente de Robert
Redford, Barbra Streisand e Al Pacino. Uma curiosidade triste para os fãs
brasileiros tem como cenário um contato do colunista social AMAURY JÚNIOR com o
ator nos Estados Unidos, quando o brasileiro se apresentou como jornalista para
entrevistá-lo, sendo que o ator recusou veementemente em falar para o seu
público da América do Sul ao pronunciar um sonoro NÃO e afirmar em tom de
menosprezo: Brasil... Que país é este?!?!?! Eu nunca ouvi
falar!!! Em resposta, o humilhado jornalista armou um barraco e sapecou-lhe um
tremendo jargão pejorativo no seu focinho: VOCÊ É UM ATOR CANASTRÃO!!!
Charles Bronson fez sua estreia em filme bang bang em SETE HOMEM
E UM DESTINO, quando tinha apenas 21 anos de idade.
Em que pese ter sido, para os padrões da época, um ator de
pequena estatura(1,73m), pois atores BAIXINHOS nunca se deram muito bem em
Hollywood e as poucas exceções lembradas são os casos de Al Pacino,
James Dean e Audie Murphy, que servem para confirmar essa regra. Porém,
Bronson sempre tirava tudo isso de letra. Em excepcional forma
física aos 50 anos de idade, Charles Bronson cavalga entre “cavalos selvagens”
SEM DUBLÊ, salta por entre rochas no melhor estilo de Burt Lancaster e possui
inegável carisma ainda que não seja um verdadeiro intérprete. No filme
"FUGA AUDACIOSA", de 1975, é mostrado um plano de fuga de uma prisão,
utilizando-se um helicóptero que, pilotado por Bronson, pousa no pátio de um
presídio e resgata o prisioneiro interpretado por Robert Duvall. A cena
se tornou famosa no Brasil, pois teria inspirado a fuga do bandido ESCADINHA,
que usou o mesmo estratagema para fugir do presídio carioca da ilha grande, em
1985.
Acredito eu, que mesmo no além, na
eternidade, Charles Bronson tenha sido o maior cabo eleitoral do CACHORRO
LOUCO, Donald Trump, o atual presidente dos Estados Unidos. Trump, que vai
construir um muro entre San Diego e Tijuana que
estão no extremo oeste da divisa entre Estados Unidos e México, deve ter tomado
esta decisão depois de ter assistido ao filme A FRONTEIRA, donde,
Bronson interpreta um Oficial da Patrulha de Fronteira dos EUA,
localizada a vinte milhas de San Diego. A fronteira entre os dois países é na atualidade um dos mais claros
limites entre o mundo rico e o mundo pobre. Movimenta-se ali,
bilhões de dinheiro pelos grandes empresários/traficantes com gente do
mundo inteiro servindo-se de mula acompanhando os coiotes para atravessar o
eldorado. Quando conseguem, essas mulas Levarão uma vida de foragidos. Se forem
encontrados, serão deportados ou irão para a cadeia. E mais: Escondidas em
fundos falsos de caminhões, caminhonetes e vans viajam toneladas de remédios
banidos por lei, sapatos feitos com pele de animais em extinção, armas de todos
os tipos, além de heroína, maconha e cocaína. O combate aos cartéis do
narcotráfico é um dos pontos centrais das relações entre México e os Estados
Unidos que Donald Trump não abre mão de jogar duro nesse delicado assunto entre
as duas nações. O filme A FRONTEIRA, estrelado por Bronson(atuação impecável)
relata todo esse drama que está na crista da onda.
Deixando A FRONTEIRA para Trum
resolver, um filme épico que marcou muita gente foi o
faroeste "ERA UMA VEZ NO OESTE" (1969), do famoso diretor italiano
Sergio Leone, que fez de Bronson um ator irresistível para o público e o
mais bem pago dos anos 70. Este magnífico espetáculo cinematográfico, que deu
ao western Europeu/Spaghetti, produção marcada
por um filme de grande esplendor. Ou seja, uma áurea definitiva de
maioridade, seriedade e de competência, incomodando seriamente uma extensa
comunidade de críticos e cinéfilos do western Americano. Para se ter ideia do elenco, ele é composto pela exuberante
Claudia Cardinale, o perfeccionista Henry Fonda e o carismático NEGÃO
Woody Strode(um dos primeiros negros americanos a tornar-se
ator).
Logo abaixo, o Blog de Roberto Almeida
oferece aos seus leitores um vídeo imperdível. Posicione-se na cadeira, e dê de
garra de uma bacia esbarrotando de pipocas com uma jarra de
guaraná para acompanhar uma síntese, resumo ou sinopse de IMAGENS
escolhidas a dedo de apenas 10 minutos para o leitor apreciar um cenário
deslumbrante, magnífico, espetacular, do filme “ERA UMA VEZ NO OESTE”, que eu
recomendo em razão de não ser somente um clássico da modalidade faroeste, mas
uma obra prima do cinema. Vale a pena conferir a seleção de 10 minutos do vídeo
abaixo, com imagens esplendorosas, irresistíveis, fantásticas!!!
VALE A PENA CONFERIR A SELEÇÃO DE 10 MINUTOS DO VÍDEO ABAIXO, COM IMAGENS ESPLENDOROSAS, IRRESISTÍVEIS, FANTÁSTICAS!!!
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/watch?v=pmhJ9Xckmmw
Artigo audaciozo e muito bem escrito, trabalho de pesquisa muito bem feito. Gostei
ResponderExcluirO vídeo é um arraso. Cenários lindos. Como músico que sou, gostei demais da trilha sonora. De quem será esse tema e o título?
ResponderExcluirChesman/.. São Bento do Una.
A trilha sonora é do maestro italiano Ennio Morricone, que a pedido do Diretor Sérgio Leone, compôs exclusivamente para este filme. O tema é o mesmo nome do filme sugerido pelo maestro: ERA UMA VEZ NO OESTE.. Aliás, o maestro Ennio Morricone, também é o autor da trilha sonora lindíssima do filme O DÓLAR FURADO interpretado por Giuliano Gemma.
ResponderExcluirE por falar em Charles Bronson, na última quarta-feira(08), o jornalista político Reinaldo Azevedo escreveu um artigo na VEJA ON LINE, bastante sugestivo: ERA UMA VEZ NO OESTE DO PT. No desenrolar do tema, o jornalista faz uma alusão ao magnífico filme “Era Uma Vez do Oeste”, de Sergio Leone, de 1968, que tem de ser visto por quem não conhece. Quatro medalhões do cinema contracenam com brilho invulgar: Jill McBain (Claudia Cardinale), o bandido Cheyenne (Jason Robards), o pistoleiro de aluguel Frank (Henry Fonda) e um homem apelidado apenas de “Harmônica” (Charles Bronson).
ResponderExcluirPOIS BEM!!! A certa altura do texto indaga o jornalista: Por que o título deste post é “ERA UMA VEZ NO OESTE DO PT”? Diz ele, O filme trata da chegada da ferrovia ao Oeste dos Estados Unidos, a terra ocupada por aventureiros, pistoleiros e justiceiros. O empreendedor é um milionário sem escrúpulos chamado Morton (Gabrielle Ferzetti). Cheyenne é um bandido, um ladrão, um assassino. Mas faz o gênero bonachão e romântico. Seu antípoda, no mundo da pistolagem, é Frank — este, sim, despido de qualquer limite ou escrúpulo. Todos eles se cruzam naquelas vastas solidões de areia. O magnata dos trilhos decide, então, contratar Frank para forçar um homem a vender suas terras, que seriam brutalmente valorizadas pela chegada da estrada de ferro. Bem, meus caros, assistam ao filme. É uma dica cultural imperdível. Só a espetacular música de Ennio Morricone já vale o seu tempo.
Infelizmente para a história e para a verdade, o país está perdendo de vista o que significou o PETISMO na centralização e na estruturação do assalto aos cofres. Não, senhores! CHEYENNE, o bom bandido, era diferente de FRANK, o bandido mau. E os dois eram obsolescências perto de Morton, o mafioso profissional. No filme, quase tudo acaba bem, com uma perda ou outra. Nada indica, até agora, que será assim na vida real.
E o jornalista arremata com essa: O que há de essencial nesse filme? Assiste-se ali à passagem da bandidagem amadora, seja bonachona ou brutal, para o CRIME ORGANIZADO, para a ORGANIZAÇÃO MAFIOSA(Leia-se, PT!!!).
TROQUEI AS BOLAS: NA VERDADE, A TRILHA SONORA DO FILME O DÓLAR FURADO NÃO É DE ENNIO MORRICONNE E SIM DE GIANNI FERRIO. DE ÊNIO É A MÚSICA DE TRÊS HOMENS EM CONFLITOS COM LEE VAN CLEEF, ELI WALLACH E CLINT EASTWOOD...
ResponderExcluirMeu belo e saudoso Charles Bronson, tão lindo e sensual. Minha paixão de infância e juventude quando eu via os filme antigos dele na Rede Globo de Televisão.
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