Patrícia no papel do personagem de Jorge Amado,
nos anos 90, e o ano passado em "Malhação"
Natural do Recife, Patrícia
França, começou sua carreira de atriz ainda criança, atuando em peças teatrais
na capital pernambucana. Depois veio a chance de trabalhar no Sudeste e a
artista, então com pouco mais de 20 anos, se destacou em algumas novelas da
Globo, como Renascer, A Padroeira e
Chocolate com Pimenta.
Seu grande papel na Globo,
porém, foi Tereza Batista, na minissérie da emissora baseada no romance de
Jorge Amado.
À época, com rosto ainda de
menina, Patrícia parecia uma “nova Sônia Braga”, interpretando tão bem o
personagem criado pelo escritor baiano, quanto a atriz mais velha fez quando
viveu “Gabriela, Cravo e Canela”.
Tereza
Batista Cansada de Guerra, como outros livros de Jorge Amado, tem
doses generosas de sensualidade, com crítica social e política.
Na trama do romance, bem
adaptado para a televisão, o autor critica o abuso da polícia, volta a mexer
com a igreja, escancara a hipocrisia da chamada alta sociedade, que peca
durante a semana e vai se penitenciar no domingo assistindo a missa.
O escritor critica abertamente a força do dinheiro, que corrompe padres, comerciantes, políticos e juízes.
GUERREIRA - A atriz pernambucana esteve
muito bem como a “guerreira” que enfrentou a tirania e se impôs numa sociedade
machista, usando os seus atributos femininos, mas também a determinação e a
coragem.
Depois do começo promissor na
TV Globo, Patrícia França parece ter perdido um pouco do prestígio dos
primeiros tempos e durante alguns anos trabalhou em novelas da TV Record.
No cinema fez o papel da
Tieta jovem (1996), numa outra adaptação de livro de Jorge Amado. Trabalhou
também em“Orfeu”, de Cacá Diegues e pelo menos mais meia dúzia de filmes nacionais.
Marcou presença também no
teatro, com alguns papeis importantes, o último deles na peça “Ou Tudo ou Nada”,
de 2015.
Por sinal o ano passado
Patrícia voltou a trabalhar na Globo, fazendo um personagem de destaque em “Malhação.
Aos 44 anos, mãe de dois filhos
adolescentes, a pernambucana demonstrou, em entrevistas mais recentes, se
preocupar com a passagem do tempo e admite que não é mais a “garotinha sarada”,
dos tempos de Tereza Batista.
Patrícia, no entanto, mesmo
sem o jeito brejeiro de menina que encantou o país; com ares de senhora,
continua uma mulher muito bonita.
Seus familiares, que continuam
morando no Recife, têm motivos de sobras para se orgulhar da artista que um dia
conquistou o Brasil.
Dou nota 1.000 à atriz Patrícia França. - Não pela sua beleza. Mas, principalmente, por sempre ter sido uma discreta moça. - Seja como a "menininha" do começo da carreira. Seja como senhora de 44 anos... E hoje mãe. - Parabéns, Patrícia. /.
ResponderExcluirFaz falta vê-la na tv e no cinema. Espero que retorne o quanto antes às novelas e minisséries.
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