Leandro Coutinho, que assina nas redes sociais a página "Roberto Carlos: Inspirações, Canções e Histórias", divulgou hoje um texto detalhado do incidente ocorrido no Recife, quando do show de rei.
O articulista destaca como foi a apresentação e lamenta que um recorte de um instante breve do show, esteja recebendo atenção, com distorção dos fatos, prejudicando a imagem de um artista de tanta história na música brasileira.
Na visão de Leandro, Roberto Carlos está sendo vítima inclusive de etarismo, com muitos avaliando que ele reclamou de pessoas que estavam atrapalhando o show, por conta da idade avançada.
Segue o texto de quem estava presente aos fatos e pode esclarecer a verdade:
Ontem, 26 de dezembro de 2024, a Praia do Pina, em Recife, foi palco de um espetáculo grandioso. Sob uma noite quente e marcada por ventos moderados vindos do mar, Roberto Carlos subiu ao palco diante de mais de 350 mil pessoas que aguardaram pacientemente por horas. Acompanhado pela precisão da lendária banda RC9, sob a direção do maestro Eduardo Lages, o Rei realizou uma apresentação memorável, marcada por momentos de pura intensidade e sintonia com seu público, onde cada detalhe parecia cuidadosamente desenhado para transformar a noite em uma experiência única.
Durante cerca de duas horas, Roberto Carlos apresentou suas canções com a intensidade e o cuidado que sempre marcaram sua carreira. No entanto, como costuma acontecer em eventos dessa magnitude, um detalhe isolado foi capturado, editado e amplamente divulgado nas redes sociais, gerando interpretações distorcidas que não representam o que realmente aconteceu naquela noite.
Desde o início do espetáculo, Roberto Carlos percebeu algo fora do comum. Não era o público que causava desconforto, mas um grupo de pessoas que não deveria estar onde estava. Algumas, utilizando-se de suas credenciais e acessos especiais de forma indevida, aproveitaram atalhos não autorizados e se posicionaram indevidamente em frente ao palco. Essas prerrogativas, que deveriam ser usadas para fins específicos e funcionais, acabaram sendo utilizadas para garantir um lugar privilegiado, em prejuízo daqueles que chegaram cedo e aguardaram por horas em seus lugares. Além disso, outras pessoas seguiram o mesmo caminho, criando uma aglomeração desnecessária e prejudicando diretamente quem aguardava há horas para assistir ao show com tranquilidade.
É importante reforçar que a grande maioria do público, tanto na área paga quanto na gratuita, respeitou os limites e permaneceu em seus lugares, demonstrando respeito e paciência. O problema foi causado por um pequeno grupo que ignorou repetidos pedidos da equipe de Roberto Carlos para desocupar aquela área. Essa movimentação inadequada afetou diretamente quem chegou cedo para garantir um bom lugar e, inevitavelmente, também interferiu na concentração de Roberto Carlos. Uma apresentação exige foco, atenção ao que está sendo cantado, e é impossível ignorar uma movimentação fora do esperado bem à frente do palco.
Foi já na décima canção do espetáculo, "O Calhambeque", quando o show se aproximava da metade após a introdução instrumental regida por Eduardo Lages, que Roberto Carlos precisou ser mais direto. Depois de tentativas educadas e intervenções de sua equipe, ele se dirigiu firmemente às pessoas que estavam aglomeradas onde não deveriam. “Vocês podem desocupar isso aí? E parar de se reunir em frente ao palco, por favor? Por favor, saiam daí, senão eu não continuo este show!” Essas palavras, ditas com firmeza, não foram fruto de impaciência ou irritação desproporcional. Foram, na verdade, o último recurso de quem já havia tentado resolver o problema de outras maneiras, sem sucesso.
Esse breve momento foi gravado, isolado de todo o contexto, e ganhou as redes sociais em fragmentos que não contam a história inteira. Duas horas de apresentação foram reduzidas a poucos segundos, sem que fossem considerados os esforços de Roberto Carlos e sua equipe para garantir que tudo ocorresse da melhor maneira possível. Ignoraram também o respeito constante que Roberto Carlos sempre demonstrou por seu público, desde os primeiros minutos do show até o encerramento.
Outro ponto que precisa ser mencionado é a maneira como algumas críticas carregam um viés etarista, sugerindo que a reação de Roberto Carlos tenha sido exagerada por causa de sua idade. Essa percepção distorcida ignora um princípio básico: respeito não está vinculado à idade de ninguém. Roberto Carlos não pediu nada além do que era justo. Ele apenas buscou garantir que todos, especialmente aqueles que chegaram cedo e aguardaram pacientemente, pudessem aproveitar o espetáculo como mereciam.
Esse episódio também serve como um alerta importante para organizadores de eventos desse porte. Garantir que acessos especiais sejam respeitados e que os limites entre público, equipe e bastidores sejam mantidos não é um detalhe opcional, mas uma obrigação. Brechas como as que ocorreram precisam ser prevenidas para que situações como essa não voltem a se repetir.
No fim das contas, a verdade permanece clara. Roberto Carlos não agiu por capricho, tampouco por impaciência. Ele buscou preservar o respeito por quem estava ali desde cedo, garantir condições adequadas para realizar seu trabalho e, acima de tudo, manter a integridade de um espetáculo que estava sendo conduzido com amor, cuidado, seriedade e profissionalismo. Reduzir uma noite inteira de dedicação e momentos inesquecíveis a um vídeo recortado e descontextualizado não apenas desrespeita Roberto Carlos, mas também aqueles que estavam lá, acompanhando cada música com entusiasmo e respeito.
Quem esteve presente sabe: aquele instante isolado não passou de uma nota dissonante em uma noite absolutamente harmoniosa. E nada, absolutamente nada, pode apagar isso.
Por causa dessa bestagem, Roberto Carlos, nosso Rei da Música, nem dormiu bem... kkkkkkkkkkkkk Gente, Roberto Rei da Música Carlos, nacional internacional é assim de tudo um Homem do Bem, responsável, competente, extremamente dedicado ao seus fãs, seu público. Nós gostamos de Roberto Carlos e ele sabe disso.
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