Por Adelson do Vale
Uma palestra sobre Augusto
Calheiros foi realizada no início desta semana no Instituto Histórico e
Geográfico de Garanhuns (IHGG) pelo presidente da Academia de Letras de
Garanhuns, João Marques dos Santos. O evento teve início às 17 horas e foi
marcado por uma solenidade simples,
tendo comparecido a cantora Dalva Diniz que cantou músicas de Augusto Calheiros
ao som do violão de Pedro Sampaio, além
de artistas plásticos, poetas,
escritores, professores e o público em geral, que gosta de cultura e arte.
O palestrante João Marques
dos Santos, falou sobre a trajetória do artista Augusto Calheiros, desde a sua
juventude quando saiu das Alagoas vindo para Garanhuns e aqui se estabeleceu,
para estudar e trabalhar. Ficou muito conhecido na época por gostar de fazer
serestas pelas ruas de Garanhuns e assim atraia grande público, para ouvir e
ver o cantor, acompanhado pelo som do seu violão.
Sendo influenciado por outros
artistas da época, Augusto Calheiros viveu
em Garanhuns um bom tempo e depois seguiu para o Recife onde iniciou a sua
carreira artística em 1929 aos 32 anos, cantando na antiga Rádio Clube de
Pernambuco. Depois foi para o Rio de Janeiro onde consagrou-se um dos melhores
compositores do Brasil, cantando com artistas renomados da época.
No YouTube estão disponíveis
muitos vídeos de Augusto Calheiros cantando os seus principais sucessos. Vale a
pena você dar uma olhada através do seu computador, tablet ou celular.
Calheiros morreu no Rio de Janeiro, em 1956, mas anos depois seus restos mortais vieram para Garanhuns e foram sepultados no Cemitério de São Miguel na Boa Vista.
Augusto Calheiros foi casado com uma garanhuense, Esther calheiros, sobrinha do ex-prefeito Luiz Brasil, com quem viveu por alguns anos no município e de quem separou-se quando sua carreira artística começou a despontar. Sua veia boêmia e seus modos galantes tornaram-se incompatíveis com a vida de casado e, ao partir para o Rio de Janeiro, o cantor deixou Esther em sua terra, sem filhos, onde viveu sozinha até falecer já em idade avançada, mas sem retirar da parede o retrato emoldurado do ex-esposo, pois costumava dizer que a figura de um homem na parede da sala de uma casa se fazia necessária para impor respeito.
ResponderExcluirSó agora fiquei conhecendo esse Blog, Mas gostei da matéria, lembro quando trouxeram os restos mortais de Augusto Calheiros, Mas eu pensava que ele era filho natural de Garanhuns, nem falam aqui da cidade natal dele, só que era de Alagoas.Gostei da matéria. Parabéns.
ResponderExcluir