Cada vez mais a Câmara dos Deputados mostra que seus membros são comprometidos com corporações, deixando o povo em segundo plano. Existe até a conhecida "bancada BBB", que defende apenas interesses dos ruralistas (boi), empresas de armas e policiais (bala) e os evangélicos (bíblia). Mesmo com grande apelo popular pelo fim das doações de campanhas por empresas, que é apontado como grande causa de corrupção, a Câmara, encabeçada por Eduardo Cunha, aprovou na noite de ontem (9), o texto-base do projeto de Lei 5735, que trata da reforma da minirreforma política. O texto aprovado, de relatoria do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), restabelece a doação de empresas a partidos, que havia sido proibida pelos senadores. Os deputados parlamentares ainda votam destaques que podem alterar o teor da proposta.
Na lista de mudanças propostas, o relator sugeriu ainda que se rejeitem itens como: proibição do uso de cabos eleitorais, proibição do uso de carros de som, revogação do prazo de domicílio eleitoral mantendo a previsão vigente de um ano antes do pleito, previsão da janela para mudanças de filiação partidária sem perda de mandato, limitações à realização de pesquisas eleitorais e previsões da instituição de federações partidárias.
O fim das doações tinha sido aprovado pelo senado, mas de volta para votação dos deputados os mesmo rejeitaram a proposta. Os deputados governistas, sempre associados à corrupção, votaram pelo fim das doações, enquanto os que gritam por uma suposta ética e o fim da roubalheira, preferiram deixar como estar e vão continuar sendo bancados por empresas que têm seus interesses nem sempre nobres. Existem certos "memes" nas redes sociais que mostram alguns deputados com seus patrocínios estampados no paletó, como os pilotos de fórmula 1. Pensando bem, até que seria bem interessante saber quem está por trás de cada representante do povo(?).
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