Peter Hakim é americano e especialista em
Política Internacional. Presidente emérito do Instituto de Análise Política
Inter-American Dialogue, com sede em Washington, ele também é um brasilianista,
ou seja, estuda o que acontece no Brasil em termos políticos e econômicos. Numa
entrevista a importante veículo de comunicação do exterior, o norte-americano
fez uma ampla análise sobre o momento atual do país. Interessante o trecho
abaixo, quando Hakim faz uma avaliação do papel da oposição.
Como o senhor avalia a oposição brasileira? O PSDB,
por exemplo, recentemente votou contra uma série de medidas que pregava no
passado, como o ajuste fiscal e a reeleição. Os oposicionistas estão fazendo
oposição pela oposição?
Os partidos brasileiros não são siglas ideológicas,
são veículos para que algumas pessoas possam dar vazão para suas ambições
pessoais por poder. A oposição a Dilma não tem sido ideológica. É na verdade
uma frente onde personalidades têm desempenhado um papel desproporcional. Aécio
Neves, José Serra e Geraldo Alckmin, por exemplo, têm cada um uma agenda
particular. Não estão fazendo oposição que tenha relação com o interesse do
país. Seus cálculos não têm qualquer relação com uma saída satisfatória da
crise, mas quem entre eles vai ser o próximo presidente.
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